Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2024
Com a casa leiloada para pagar dívidas, o ator Mário Gomes, de 71 anos, continuava nessa terça-feira (17) com o processo de retirar todos os seus pertences do imóvel. Ele estava transferindo móveis para um caminhão. Parte deles já havia sido levada para a garagem de amigos; outra parte, “está ao relento”, explica.
Mário permanecia em sua casa, na Joatinga, Zona Oeste do Rio de Janeiro, que foi a leilão para pagar dívidas trabalhistas de costureiras que trabalhavam em uma confecção que o ator tinha no Paraná. Avaliada em mais de R$ 20 milhões, a casa de frente para o mar, foi vendida por R$ 720 mil.
Mário Gomes disse ao jornal O Globo que estava “sem dormir”. Ele recebeu uma oficial de justiça na manhã dessa terça-feira (17), que tinha ficado de voltar. “Ela viu que não tive condições de tirar tudo da casa. Disse que vai voltar com um carro de polícia para me tirar daqui. Não há apoio de nada, o custo é altíssimo. Estou ela voltar. Ainda não sei para onde ir. Minha mulher deve voltar para o Paraná. Eu ainda não sei para onde vou, minha situação é grave e absurda – afirma. – Não estou em condições de falar, estou muito angustiado, tomei cinco calmantes, estou abatido, com uma tosse crônica. Tudo isso abalou muito o meu emocional. Tenho uma filha menor de idade (Catarina, de 15 anos) e o João (de 18), moramos todos aqui.”
Segundo Gomes, seu despejo, “é uma grande injustiça”:
“Fizeram um leilão na calada da noite. Queria que me tratassem como consideração. Ficam me chamado de o cara da cenoura, mas trabalhei por muito tempo, fui um grande ídolo, ninguém me supera. Desculpe a falta de modéstia, mas sou um astro incontestável. Sabe o Neymar para o Paris Saint Germain? Sou eu para a Globo”, diz. “Tudo que está acontecendo é culpa da esquerda, um problema de política ideológica. Sou contra ideologia de gênero, sexualização de crianças.”
Após pichar as paredes da mansão de onde foi despejado, Mário Gomes se arrependeu e decidiu pintar o que havia escrito em um dos cômodos da casa. Ele afirmou que tomou tal atitude em um momento de indignação, mas acredita que a violência não vai resolver seus problemas.
“Sem vandalismo, sem violência, ela não leva a lugar nenhum. Ontem, num momento de indignação, que é bíblica, é real, eu cometi um gesto excessivo. Estou aqui para me redimir do meu erro, porque errar é humano, e quem nunca errou que atire a primeira pedra. Vou corrigir esse erro”, disse o ator enquanto pinta o local onde escreveu “não vou sair”.
Atualmente, o ator, que se candidatou a vereador na cidade pelo Partido Republicano, tem se dedicado à campanha política, participando de eventos. Após o despejo, ele publicou um vídeo em que pede ajuda para Pablo Marçal, Nikolas Ferreira, Bolsonaro e ”outras pessoas de bem”. Ele explicou sua plataforma de governo assim:
“É não permitir que essas coisas aconteçam e lutar contra esse atual governo que está destruindo o Brasil. Meu objetivo é a prosperidade para o pobre.” As informações são dos jornais O Globo e Extra.