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Política Além de buscar a despolitização das Forças Armadas, governo eleito procura um civil para ocupar o Ministério da Defesa

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Entre as pessoas próximas de Lula há quem defenda os nomes do ex-ministro Nelson Jobim (foto) e do vice-presidente Geraldo Alckmin para o cargo

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Entre as pessoas próximas de Lula há quem defenda os nomes do ex-ministro Nelson Jobim e do vice-presidente Geraldo Alckmin para o cargo. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve priorizar a manutenção de três programas para a área da Defesa: o do submarino nuclear, o dos caças Gripen e o Sisfron, sistema de monitoramento das fronteiras do País. Além de buscar a despolitização das Forças Armadas, o novo governo procura um civil para ocupar a pasta. Entre as pessoas próximas de Lula há quem defenda os nomes do ex-ministro Nelson Jobim e do vice-presidente Geraldo Alckmin para o cargo.

Os petistas têm consciência de que existem temas espinhosos e esqueletos no armário que o partido não vai mexer no terceiro mandato de Lula. Entre eles, estão as disposições de não criar outra Comissão Nacional da Verdade e não revogar a Lei de Anistia. Mas existem aqueles temas que precisarão ser enfrentados.

O primeiro será a volta aos quartéis dos milhares de militares que ocuparam cargos civis neste governo. E o fim da nomeação de outros tantos da reserva que aparelharam a Esplanada dos Ministérios.

Navio-aeródromo

Marinha e governo, porém, têm um grande abacaxi para resolver: o destino do navio-aeródromo São Paulo. Comprado da França em 2000, ele foi vendido como sucata para uma empresa turca. Mas a Justiça daquele país proibiu que a embarcação fosse desmontada ali em razão do material tóxico que carrega. O São Paulo retornou ao Brasil e está fundeado na costa pernambucana.

A compra do Airbus A-330 seria outro abacaxi. Após o fiasco da logística para levar oxigênio a Manaus na pandemia, a FAB desembolsou US$ 80 milhões para comprar dois deles da Azul. E qual seria o problema? Críticos afirmam que até a Base Aérea do Galeão não teria pátio compatível com a aeronave carregada – ele teria de ir para um pátio civil. Com o dinheiro dos Airbus seria possível adquirir seis Boeings 767.

O problema é que os civis – e aí incluídos os membros da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara – raramente questionam as Forças sobre seus gastos. Mas, como lembrou um tenente-brigadeiro que passou para a reserva no governo Bolsonaro, a diferença muitas vezes entre uma nação desenvolvida e uma subdesenvolvida é a forma como gastam recursos.

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https://www.osul.com.br/despolitizacao-forcas-armadascivil-ministerio-da-defesa/ Além de buscar a despolitização das Forças Armadas, governo eleito procura um civil para ocupar o Ministério da Defesa 2022-11-08
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