Por Redação O Sul | 19 de fevereiro de 2025
Chegou ao fim na noite de terça-feira (18) a votação para o Oscar 2025 entre os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Em um ano particularmente imprevisível em algumas das principais categorias, resta esperar pelo dia 2 de março para conhecer o resultado da premiação mais badalada da sétima arte.
A revista Variety, uma das principais publicações da indústria audiovisual americana, ouviu alguns membros da Academia sobre seus votos, sob a condição de anonimato, uma vez que os integrantes da instituição são proibidos de revelar suas decisões.
Ainda que uma fração irrelevante dentre os mais de 10 mil membros da Academia, os cinco profissionais ouvidos pela revista transmitem bem o cenário de indefinição. Os cinco votantes, por exemplo, elegeram cinco filmes diferentes como vencedor da categoria principal.
Os membros também fizeram observações à publicação sobre suas escolhas. O primeiro ouvido destacou: “Foi um bom ano para o cinema… é preciso dizer, ‘Emilia Pérez’ foi o pior dos indicados a melhor filme. Outro afirmou ter “desprezado ‘A substância'”. “Foi grotesco, exagerado e não acho que Demi fez nada demais”, concluiu.
Este “votante número 1” escolheu “O brutalista” como melhor filme, Adrien Brody como melhor ator, Fernanda Torres como melhor atriz, Brady Corbet como melhor direção, Kieran Culkin (“A verdadeira dor”) como melhor ator coadjuvante e Isabella Rossellini (“Conclave”) como melhor atriz coadjuvante. O profissional se absteve de votar na categoria de melhor filme internacional, provavelmente por não ter assistido a todos os cinco indicados.
Um segundo eleitor votou em “Nickel Boys” na categoria principal e repetiu o primeiro nas escolhas de Brody e Culkin. Ele, no entanto, foi de Demi Moore (“A substância”) e Monica Barbaro (“Um completo desconhecido”) para atriz e atriz coadjuvante. Na categoria melhor filme internacional o voto foi para “Ainda estou aqui”.
O “votante número 3” escolheu “Um completo desconhecido” o melhor filme, Ralph Fiennes (“Conclave”) o melhor ator e Jeremy Strong (“O aprendiz”) o melhor ator coadjuvante. O mesmo também votou em Demi Moore, Isabella Rossellini e “A garota da agulha”, como melhor filme internacional.
“A semente do fruto sagrado” foi a escolha do quarto membro da Academia ouvido pela Variety para a categoria de filme internacional. Este votante também escolheu “Anora” como melhor filme, Colman Domingo (“Sing Sing”) como melhor ator e Mikey Madison (“Anora”) como melhor atriz, além de Culkin e Barbaro nas categorias de coadjuvantes.
O último profissional ouvido pela publicação votou em Fernanda Torres para atriz e “Ainda estou aqui” para filme internacional. Ele também escolheu “Dune: Parte 2” como o melhor filme, Brody como melhor ator, Edward Norton como melhor ator coadjuvante e Felicity Jones como melhor atriz coadjuvante.
Dos cinco votos, “Ainda estou aqui” recebeu dois na categoria de melhor filme internacional. A melhor notícia para o brasileiro é que “Emilia Pérez” foi completamente ignorado. Os votos também mostram a divisão na categoria de atriz, com duas citações a Demi e Fernanda e uma a Mikey. Mais uma vez, é impossível tirar conclusões por parte de cinco votos em 10 mil, mas não deixa de ser interessante notar como pensam membros da Academia.
