Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2023
O retrato de fichamento policial (foto) de Trump foi tirado e rapidamente divulgado na imprensa e nas redes sociais.
Foto: DivulgaçãoO ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se entregou nesta quinta-feira (24) às autoridades na Geórgia. No estado norte-americano, Trump é acusado de 13 crimes com o objetivo de tentar falsificar os resultados eleitorais de 2020. Esta é a quarta acusação criminal que enfrenta este ano.
O antigo chefe de Estado dirigiu-se à prisão do condado de Fulton, na cidade norte-americana de Atlanta, para tirar as suas impressões digitais e também uma fotografia para o seu processo judicial, a tradicional “mug shot” (foto do réu, em português), que não tinha acontecido das outras três vezes. Com isto, Trump se torna o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser detido e fichado.
Depois de cumpridos os procedimentos, ele foi libertado, como já se sabia que ia acontecer. É que a equipe de advogados de Donald Trump tinha acordado com o juiz o pagamento de uma caução no valor de 200 mil dólares (cerca de R$ 1 milhão).
Conforme informações da CNN Internacional, os registros prisionais do condado deram entrada de um indivíduo com 1,92 metros e 97 quilos. Ele foi ainda registrado como tendo olhos azuis e um cabelo louro ou ruivo. Era o prisioneiro número P01135809, Donald Trump.
Trump passou um total de 20 minutos na prisão de Fulton. “Não fizemos nada de errado e tínhamos todo direito de questionar uma eleição que achamos que foi desonesta”, disse, à saída do local.
Além do pagamento, Donald Trump também fica impedido de tentar intimidar ou coagir os outros 18 acusados do processo, bem como as testemunhas do mesmo.
Seu último chefe de gabinete, Mark Meadows, se apresentou nesta quinta-feira e foi liberado após pagar fiança de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 500 mil). Outro acusado, Harrison Floyd, ficou detido porque não foi favorecido com a liberdade sob fiança.
Todos tiveram as digitais coletadas e sua foto de registro policial tirada, que rapidamente foi divulgada na imprensa e nas redes sociais.
A acusação no condado de Fulton é o quarto processo criminal contra Trump desde março, quando se tornou o primeiro ex-presidente na história dos Estados Unidos a ser acusado.
Ele tem ainda pendentes acusações no estado de Nova Iorque, na Florida e em Washington DC. No primeiro caso, cuja acusação avançou em abril, é suspeito de tentar subornar a atriz pornográfica Stormy Daniels. Já os dois casos seguintes, tal como o da Geórgia, dizem respeito a crimes como falsificação de documentos ou subversão.
Manipulação
A Justiça acusou formalmente Donald Trump, neste mês de agosto, por tentativa de alterar os resultados das eleições na Geórgia. A investigação começou em fevereiro de 2021, após o vazamento do áudio de um telefonema entre Trump e Brad Raffensperger, secretário da Geórgia e principal funcionário eleitoral do Estado.
“O que eu quero fazer é o seguinte: eu só quero encontrar 11.780 votos. Que é um a mais do que temos, já que ganhamos no Estado”, disse Trump, sem apresentar provas, enquanto pressionava Raffensperger para que ele refizesse a contagem na Geórgia e os Republicanos levassem os 16 delegados do Estado.
“Você precisa reexaminar, mas com pessoas que querem encontrar respostas, não com pessoas que não querem encontrar respostas”, declarou o ex-presidente.