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Por Redação O Sul | 5 de maio de 2020
Produção de veículos foi bastante impactada
Foto: DivulgaçãoSob impacto da pandemia de coronavírus, a produção industrial brasileira desabou 9,1% em março na comparação com fevereiro, informou nesta terça-feira (05) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se do pior resultado para o mês desde 2002. Essa é também a queda mensal mais acentuada desde maio de 2018 (-11%), quando o setor foi afetado pelas paralisações provocadas pela greve dos caminhoneiros. Em relação a março do ano passado, a baixa foi de 3,8%, quinto resultado negativo seguido nessa comparação.
Com o tombo de março, a produção industrial nacional passou a acumular no ano uma retração de 1,7%. Em 12 meses, apresenta queda de 1%.
A indústria registrou queda de 2,6% no primeiro trimestre de 2020 na comparação com o quarto trimestre de 2019. “É a maior queda desde o segundo trimestre de 2018, que pega exatamente a greve dos caminhoneiros, quando caiu 2,7%”, destacou o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo.
Com o resultado de março, o patamar de produção retornou a nível próximo ao de agosto de 2003. Segundo o IBGE, houve queda de produção em todas as quatro grandes categorias do setor e em 23 dos 26 ramos pesquisados, evidenciando o aprofundamento das paralisações em diversas plantas industriais devido ao isolamento social por conta da pandemia de Covid-19.
Entre as atividades, a queda que exerceu a maior pressão no índice geral foi a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-28%), pior resultado desde maio de 2018 (-29%).
As únicas altas foram registradas nos ramos de impressão e reprodução de gravações (8,4%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (0,7%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (0,3%).