Dez anos depois de atirar e matar sua namorada, Oscar Pistorius obteve nesta sexta-feira (24), a liberdade condicional e poderá deixar a prisão para cumprir os próximos cinco anos de sua pena. No entanto, segundo o The Daily Mail, ele será liberado somente em cinco de janeiro de 2024. Até lá, psicólogos e agentes de assistência social irão avaliá-lo durante esse tempo.
O atleta, que completou 37 anos esta semana, está preso desde o final de 2014 pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp em 14 de fevereiro de 2013. Em 2015, ele teve um período de prisão domiciliar, até ser finalmente condenado e sentenciado a 13 anos e cinco meses de prisão.
O porta-voz do Departamento de Correções da África do Sul, Singabakho Nxumalo, disse que Pistorius será libertado da prisão em 5 de janeiro. Sua liberdade condicional virá com condições, incluindo que ele não deixe a cidade de Pretória. Ele também participará de um programa para lidar com os seus problemas de raiva e terá de prestar serviço comunitário.
“A liberdade condicional não significa o fim da pena. Ainda faz parte da pena. Significa apenas que o recluso cumprirá a pena fora de uma unidade correcional”, disse Nxumalo.
O atleta foi inicialmente condenado por homicídio culposo pela morte de Steenkamp. Essa condenação foi anulada e ele foi condenado por homicídio doloso após um recurso dos promotores. Eles também apelaram da sentença inicial de seis anos por homicídio, e Pistorius foi finalmente condenado à pena de 13 anos e cinco meses.
O pai de Reeva, Barry Steenkamp, morreu em setembro. A mãe dela, June Steenkamp, não se opôs à liberdade condicional de Pistorius.
Enquanto estiver em liberdade, ele deverá morar na luxuosa mansão de seu tio, em Pretória, onde permaneceu durante o julgamento pelo assassinato.
Entenda o caso
No dia dos namorados de 2013, Pistorius atirou na namorada Reeva Steenkamp várias vezes através da porta de um banheiro na casa que os dois moravam juntos na África do Sul. Em depoimento, o atleta alegou que ouviu barulhos e efetuou os disparos de arma de fogo após confundir a companheira com um ladrão. As provas, no entanto, apontavam que o crime foi premeditado e executado após uma discussão do casal.
Ele foi condenado a 13 anos e cinco meses de prisão por homicídio. Essa foi a segunda tentativa de liberdade condicional. A primeira havia sido negada em março.