Professores de diversas universidades e institutos federais aprovaram greve reivindicando reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais àqueles concedidos ao legislativo e judiciário, ainda em 2024. Os servidores técnico-administrativos de pelo menos 30 institutos federais já estão em greve há um mês.
Até o momento, são pelo menos: 2 institutos federais e 1 universidade em greve; 7 universidades em estado de greve (podem entrar em greve a qualquer momento); 17 universidades e 2 institutos com greve marcada para esta segunda; 3 deflagrações/indicativos de greve após esta segunda; 5 indicativos/construções de greve aprovadas sem data de deflagração. O País tem 69 universidades federais e 38 institutos federais.
Veja a lista de universidades em que os professores estão ou podem entrar em greve:
Em greve
* Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Rio Grande;
* Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS);
* Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
Estado de greve
* Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ);
* Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO);
* Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
* Universidade Federal de Santa Maria (UFSM);
* Universidade Federal do Pampa (Unipampa);
* Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA);
* Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Greve aprovada
* Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
* Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG);
* Instituto Federal do Piauí (IFPI);
* Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
* Universidade Federal de Brasília (UnB);
* Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);
* Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP);
* Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
* Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
* Universidade Federal de Viçosa (UFV);
* Universidade Federal do Cariri (UFCA);
* Universidade Federal do Ceará (UFC);
* Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
* Universidade Federal do Maranhão (UFMA);
* Universidade Federal do Pará (UFPA);
* Universidade Federal do Paraná (UFPR);
* Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
* Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
* Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR);
Após esta segunda:
* Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ);
* Universidade Federal de Uberlândia (UFU);
* Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Sem data de deflagração
* Universidade Federal do Piauí (UFPI);
* Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB);
* Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE);
* Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
* Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
As três instituições de ensino ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) que estão em greve são: o câmpus Rio Grande do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas) e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
Os professores de instituições federais pedem que o reajuste salarial seja de 22%, dividido em 3 parcelas iguais de 7,06% em maio de 2024, 2025 e 2026. Já os servidores-técnico administrativos pedem por um reajuste maior, de 34%, também dividido em três parcelas em 2024, 2025 e 2026.
Segundo o sindicato da categoria, os percentuais correspondem às perdas salariais desde o governo do ex-presidente Michel Temer, em 2016, até dezembro de 2023, acrescidas das projeções inflacionárias de 2024 e 2025.
A proposta do governo é de que não haja reajuste salarial em 2024, mas tem como contraproposta o aumento de benefícios e auxílios pagos aos funcionários públicos, sendo o principal deles o auxílio-alimentação com 52% de aumento, de R$ 658 para R$ 1.000.
Os valores do auxílio-creche e do auxílio-saúde seriam reajustados, conforme proposta do governo, em 51% para todos os servidores públicos federais ativos.
“Apenas o aumento do auxílio-alimentação resultaria em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos – que são os que ganham até R$ 9 mil mensais”, afirma o Ministério de Gestão e Inovação.
O governo chegou a propor dois reajustes salariais de 4,5%, um em 2025 e outro em 2026, “que somados aos 9% já concedidos (no ano passado), representariam recomposição salarial de 19%, o que ficaria acima da inflação projetada para o período”, segundo informou a pasta.
A oferta dos dois reajustes de 4,5% para os próximos anos foi rejeitada pelo sindicato, que quer a recomposição salarial ainda em 2024.