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Dia 7: Planalto aciona “mortadelas” contra vaias a Lula

Os estrategistas do Palácio do Planalto tentam imaginar formas de blindar o presidente Lula (PT) de vaias esperadas para o desfile cívico-militar de 7 de Setembro, data nacional da Independência. Uma das soluções mais óbvias, nas quais o PT se especializou durante anos, será recorrer a “mortadelas”, pessoas muito pobres arregimentadas na periferia de Brasília para fazer número e aplaudir autoridades, em troca de cachê de 100 reais, boné, camiseta e, claro, pão com mortadela.

Claque governista

Militantes do PT e pobres coitados controlados pelo MST também podem ser convocados para ocupar as arquibancadas armadas na Esplanada.

Povo fora da festa

Ativistas e sindicalistas também devem ser chamados a ocupar lugares reservados à população e sobretudo a familiares dos militares.

Percurso blindado

O temor é de vaias quando Lula e Janja desfilarem em carro aberto: do Planalto ao palanque, as arquibancadas seriam reservadas a apoiadores.

O estilão petista

A montagem de arquibancadas do Dia 7 será da empresa que fez isso para Bolsonaro, em 2019, por R$950 mil. Receberá agora R$3,1 milhões.

Presidente da Câmara usou jatos da FAB 85 vezes

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez ao menos 85 voos nas asas da Força Aérea Brasileira. A regalia é legal e está prevista para chefes de Poder. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não é chefe de Poder, mas também evita voos de carreira usando jatos da FAB. Fez isso por 61 vezes, este ano. Somando com eventuais substitutos, foram 67 voos para a presidência do Congresso.

Exército voador

Fora da política, o recordista é o comando do Exército, 58 voos. O comando da Marinha fez 16 viagens enquanto o da Aeronáutica, 12.

Voo supremo

A presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) também aparece nos registros de voo da FAB consultados pela coluna, foram 25 viagens.

Econômico

O econômico chefe do Estado-Maior do Exército, que tem direito ao recurso, pouco o fez, foram só quatro viagens.

Mentiras em Angola

Lula, que adora contar lorotas para a plateia, mandou mais uma durante viagem à Angola. Disse que não é frustrado “por ser pobre”. Ele mentiu: nas eleições, o milionário petista declarou R$7.423.725,78 em bens.

Luxo marginal do MST

Em visita a assentamentos, o relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), denunciou a desigualdade entre lideranças e os assentados que elas usam para invadir terras: “vivem de maneira precária e desumana” enquanto “lideranças do MST vivem de maneira confortável e luxuosa”.

Reação rápida

A ameaça do diretor da Polícia Federal de Lula, Andrei Rodrigues, de que pode bloquear os pix de milhões de apoiadores de Bolsonaro, provocou uma onda de doações. Desta vez para a conta de Michelle.

Amigos primeiro

Os gastos com publicidade da Petrobras, este ano, superaram os R$30 milhões até junho. Pela primeira vez na História, a estatal do petróleo gasta mais com propaganda na internet do que na TV aberta.

Manobra malandra

Será no dia 31 o depoimento de Gonçalves Dias, o “G. Dias”, na CPMI. A data é manobra para proteger o general do Lula que chefiava o GSI e foi flagrado confraternizando com invasores do Planalto: as atenções estarão voltadas para o depoimento de Bolsonaro e Michelle na PF.

Demissão em massa

Enrolada em dívidas e escândalo bilionário, a Americanas já demitiu mais de 9 mil funcionários e fechou mais de 70 lojas em sete meses. E conseguiu piorar o que já estava muito ruim. Na segunda-feira (21), a ação valia R$1,03. Na sexta (25), fechou o dia valendo só R$0,92.

Cartões em polvorosa

O presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avisou que o projeto que limita a cobrança de juros dos cartões de crédito pode ser votado já nesta terça-feira (29) com consenso na reunião de líderes.

Ceará com peso

Petistas na Câmara apostam em cearenses entre os próximos escolhidos por Lula para o Superior Tribunal de Justiça (STJ): o desembargador Teodoro Santos e o advogado Otávio Luiz Rodrigues.

Pensando bem…
…se eles mandam no País, criam leis, alteram a Constituição e definem políticas públicas, já é hora de eleição para ministros do STF.

PODER SEM PUDOR
Hóspede indigesto

Mocidade era figura folclórica na Paraíba dos anos 1960. Não tinha emprego, mas andava bem-vestido graças à generosidade de pessoas como o governador João Agripino. Até permitiu que ele morasse no palácio. Mas Mocidade adorava atacar o governador e pregava a invasão do palácio para “derrubar o governo!”. O paciente Agripino soube e o chamou para almoçar: “Mocidade, quem lhe dá quarto e comida?” Ele reconheceu: “O senhor.” Agripino estava intrigado: “Como, então, você convoca uma multidão para derrubar o governador?” Mocidade respondeu com o garfo suspenso na altura do queixo: “Governo tem que se lascar, existe para ser derrubado!…”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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