Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 7 de março de 2025
A busca por equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é o item mais importante para mulheres que trabalham, segundo levantamento realizado pela empresa de pesquisa Nexus e o TodasGroup, focado na aceleração de carreira de mulheres. O mapeamento ouviu 1.203 mulheres que trabalham em grandes empresas e multinacionais, sendo 38% em cargos de nível executivo, para entender o que as profissionais pensam sobre as ações que impulsionam a carreira corporativa das mulheres.
Na pergunta, “pensando no momento atual, o que você diria que é mais importante para você neste momento da sua vida?”, com sete itens a serem escolhidos, 46% mencionaram o work-life balance. Entre as mulheres que são mães esse percentual sobe para 52%. Para as mulheres que não são mães, saúde e bem-estar aparece como prioridade, com 45% das respostas.
“A altíssima porcentagem de mulheres sacrificando autocuidado e saúde mental para crescimento profissional é alarmante”, comenta Dhafyni Mendes, cofundadora da Todas Group.
De acordo com a pesquisa, 71% das entrevistadas disseram que já abriram mão de cuidar de si mesmas – saúde física, hobbies, autocuidado – para crescer profissionalmente, e 52% mencionaram que já deixaram de lado a saúde mental para avançar na carreira. Ainda nessa pergunta, 50% disseram que abriram mão de tempo com a família para se desenvolver no trabalho.
O levantamento quis saber também o que as mulheres gostariam de ver sendo debatido nas organizações onde trabalham neste Dia da Mulher, celebrado em 8 de março. As principais respostas foram “ações de conscientização sobre a sobrecarga mental das mulheres” (31%) e “desenvolvimento e capacitação de mulheres para crescimento na carreira” (31%). Na sequência surgiu “flexibilidade no trabalho para melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional” (29%).
“Chama atenção o quanto as respostas têm o foco claro em resolução”, diz Mendes. “Elas querem mais capacitação, ser promovidas, reconhecidas. Isso demonstra que alguns alinhamentos de ambiente e postura das lideranças trariam grandes resultados para melhora do âmbito de trabalho para essas profissionais, que claramente estão focadas em entregar valor.”
Segundo a pesquisa, 20% das mulheres querem que sua empresa implemente programas de aceleração de carreira.
Para Mendes, o fato de as pesquisadas terem escolhido capacitação e programas de aceleração de carreira como a medida que deveria ser priorizada pelas empresas para o 8 de março mostra como desejam proativamente ultrapassar as dificuldades que enfrentam hoje. “Outro ponto importante evidenciado no levantamento é entender os diferentes desafios vividos por mulheres em diferentes estágios de carreira, e fatores como idade e maternidade, para que possam receber a capacitação adequada aos seus desafios atuais e futuros”, pontua Mendes.
Ainda de acordo com o levantamento, 7 em cada 10 mulheres dizem que sentem que seu trabalho não é tão reconhecido como o dos homens, e 8 em cada 10 afirmam enfrentar barreiras para crescer na carreira por ser mulher. As informações são do jornal Valor Econômico.