Comemorou-se neste 25 de setembro o Dia da Radiodifusão.
Quando se fala em radiodifusão, se está falando em rádio e televisão.
De acordo com a lei, o rádio é a atividade de radiodifusão sonora e a televisão é a atividade de radiodifusão de sons e imagens.
A primeira transmissão de rádio no País ocorreu em 7 de setembro de 1922, em comemoração aos 100 anos da Independência de nosso País, em exposição festiva no Rio de Janeiro, a então capital federal.
Em seu início, as emissoras de radiodifusão não eram empresas de radiodifusão e, sim, clubes ou sociedades.
Em tais clubes e sociedades, centenas de pessoas eram sócias e contribuíam com uma quantia mensal para ajudar nas operações e sustento das emissoras.
É por isso que as emissoras mais antigas tinham sua denominação da “Rádio Clube” ou “Rádio Sociedade”.
A mais antiga emissora de rádio de Porto Alegre, por exemplo, começou suas atividades na capital do Rio Grande do Sul com o nome de Rádio Sociedade Gaúcha. A mais antiga emissora de rádio do Rio Grande do Sul em operação tem, até hoje, o nome de Rádio Clube Pelotense, surgida em 1925.
Este formato de clube ou sociedade para sustentar uma emissora de rádio, com o tempo, revelou-se insustentável, não só pela inadimplência dos associados, como pelo desinteresse da população, que não se interessava muito por música erudita e programas culturais dirigidos a uma elite intelectual, implantados pelo pioneiro Roquette Pinto, com sua Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Ademais, as “rádios clube” e as “rádios sociedade” não irradiavam sua programação de forma contínua. Saíam do ar durante algumas horas da manhã, da tarde e toda a madrugada para “esfriar” os transmissores.
A partir dos anos 1930, estas sociedades de radiodifusão foram se transformando em empresas comerciais e já irradiavam o dia inteiro, menos nas madrugadas.
O entusiasmo dos anunciantes foi imediato, mostrando a força do rádio também como veículo publicitário, estimulando no País o crescimento de empresas comerciais e industriais.
A televisão no Brasil foi inaugurada em 18 de setembro de 1950 com a TV Tupi de Assis Chateaubriand, um mega empresário de comunicação que implantou no país dezenas de jornais, dezenas de emissoras de rádio e dezenas de emissoras de TV.
Havia os que achavam que a TV ia “matar” o rádio, mas nada disso aconteceu.
Irradiando notícias, avisos de utilidade pública, transmissões esportivas e música, o rádio no país continua cada vez mais forte e a TV também.
O surgimento de emissoras de rádio em quase todos os municípios do país e o funcionamento nas 24 horas do dia, cobrindo o mundo via internet, deixou o rádio imprescindível para o dia a dia dos brasileiros em qualquer lugar do país e também quando viajam pelo mundo.
Quem fala na “era de ouro do rádio” referindo-se a tempos passados não se dá conta de que a era do ouro do rádio é hoje. Brasileiro não vive sem rádio!
E a televisão Brasileira está entre as mais importantes do mundo com índices de audiência invejáveis a qualquer país, mesmo os mais desenvolvidos.
Parabéns a todos os radialistas e radiodifusores do País!
Christina Gadret — Presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e TV do RS.