Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 8 de novembro de 2021
O dia de fúria, dias atrás, de um cidadão no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, não espantou o brasileiro há décadas tratado com desdém e desrespeito nas empresas aéreas. Ofendido em seus direitos, o cliente não tem a quem recorrer. O Brasil é vítima da desregulação do setor desde o governo FHC, há mais de vinte anos, sem qualquer proteção ao consumidor. Só empresas têm “direitos”. Em vez de rever procedimentos, a “agência reguladora” Anac e as empresas sempre chamam a polícia.
Mentira Air
Ficam impunes vigarices, chanceladas pela Anac, como a promessa de reduzir o valor da passagem após a cobrança de bagagem. Caras-lisas.
Precarização
Temos serviços aéreos cada vez mais precarizados e mais caros, além da rotina de afanos como não ressarcir voos cancelados ou adiados.
Extorsão é o nome
Além de pagar o bilhete mais caro do mundo, o brasileiro sofre extorsão quanto escolher o assento (até R$70) ou para reservá-los (R$90).
Exploração imparável
O consumidor não tem defesa, na exploração é inclemente em que voos domésticos são mais caras do que voos para Estados Unidos e Europa.
Brasil supera os EUA na população imunizada
O Brasil supera esta semana os Estados Unidos em relação à proporção da população imunizada contra a covid-19 com duas doses ou vacina de dose única. Apesar de a vacinação por aqui haver iniciado um mês depois, a expertise brasileira em campanhas de vacinação fez disparar o ritmo de doses aplicadas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). A média diária de vacinados é maior que a americana desde junho.
Sucesso nos números
Desde que passamos a vacinar mais que os EUA, a média de casos diários no Brasil desabou de 78 mil para 9 mil e as mortes de 2 mil para 220.
Ignorância letal
No mesmo período, os EUA enfrentam rejeição às vacinas e os casos diários saltaram de 12 mil para 70 mil. As mortes foram de 300 a 1,1 mil.
Brasil 100% vacinado
Segundo o portal vacinabrasil.org, o Brasil tem cerca de 161 milhões de pessoas com ao menos uma dose, equivalente a 100% dos adultos.
Mais um factoide
Autoridades locais andam anunciando supostos “pedidos à Anvisa” para vacinar crianças. Mais um factoide. Em janeiro, a Anvisa já havia avisado ao governador petista do Piauí que somente fabricantes podem pedir autorização e não políticos e outros oportunistas.
Precedente perigoso
O STF admitiu “morosidade da Justiça” como argumento para validar uma lei do Paraná permitindo, sem decisão judicial, a quebra do sigilo telefônico de quem passa trotes para serviços como polícia e bombeiros.
Lobby Stories
O ex-presidente da Coca-Cola Jack Corrêa lança nesta terça (9) seu livro “Lobby Stories”, relatando em 46 capítulos, com precisão e senso de humor, o jogo do poder do qual participou por cerca de meio século, em Brasília. Será às 18h no restaurante Trattoria do Rosario, na Capital.
Critérios e timing
Em 2020, antes de obrigar abertura da CPI da Pandemia, o Supremo decidiu o contrário com a CPI das Pesquisas Eleitorais, que tinha as assinaturas necessárias e estava parada na Corte desde 2015.
Falta planetária
Ao contrário de outros anos, a desaceleração do setor automobilístico no Brasil não é por conta de crise ou demanda. Há demanda, mas a crise mundial de abastecimento de peças, como chips, esfriou as vendas.
Doença sem cura
A politização doentia instaurada no Brasil chegou ao absurdo de transformar a morte da cantora Marília Mendonça em debate sobre se ela apoiava ou rejeitava Jair Bolsonaro. O presidente, aliás, divulgou uma bonita mensagem lamentando a súbita morte da artista.
Após dois anos
O mundo atingiu a marca de 250 milhões de casos confirmados por covid e a boa notícia é que mais de 226 milhões já estão curados. Apesar de se tratar de um vírus altamente contagioso, a letalidade é de 2,19%.
Extremismo
Completam-se 36 anos do massacre de onze ministros da Suprema Corte da Colômbia (e outras 104 pessoas) em atentado de guerrilheiros de extrema esquerda, do Movimento 19 de abril.
Pensando bem…
…chuchu nunca combinou com fruto do mar.
PODER SEM PUDOR
Só por telefone
Benedito Valadares estava no final do último mandato de senador, nos anos 1970, e evitava jornalistas. Certo dia, acabou encurralado em um corredor do Senado. Atônito, pegou o telefone mais próximo e fingiu que falava com alguém. Conversa demorada. Os jornalistas se impacientaram e ele reagiu: “Não têm respeito? Não veem que estou falando com o Carvalho Pinto?” Um jornalista apontou: “Mas o Carvalho Pinto está ali do lado!” Valadares deu uma olhada, viu o colega, mas insistiu na desculpa: “É que eu só falo com ele por telefone…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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