Por Redação O Sul | 8 de abril de 2019
A União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) designou o dia 8 de abril como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, como forma de campanha de utilidade pública para conscientizar a população a respeito de todos os tipos e variações da doença. No Brasil, o câncer de pele é o com mais incidência de casos. O dermatologista José Jabur apresenta algumas recomendações e dicas para identificar, evitar, controlar e tratar o problema.
Pintas vermelhas
“Depois dos 30 anos, podem aparecer essas “pintas vermelhas” no corpo, chamadas de Nevo Rubi. São pequenas, com 1 a 4 milímetros e, geralmente, tem um tom vermelho vivo. Não doem, nem coçam, e sequer causam incômodo nas pessoas, exceto pela questão estética”, explica José, chefe do setor de cirurgia dermatológica da Santa Casa de São Paulo. Mas, calma! Estas são lesões benignas, que permanecem com um tamanho estável. Vários fatores externos e internos podem estar ligados ao aparecimento, como o fator genético ou, também, no período de gestação, devido a alterações hormonais. Ainda assim, “é possível tratar quando há algum incômodo estético ou por causa de atrito na área onde está localizada. Caso o paciente queira tratar, recomendamos a eletrocauterização, tratamento a laser ou até retirada cirúrgica, procedimento realizado pelo dermatologista”, esclarece o dr. Jabur.
Manchas nas mãos
As “manchas acastanhadas ou escuras nas mãos – melanoses solares – que são consequência do fotoenvelhecimento, processo provocado pelo excesso de exposição, ao sol ao longo da vida. Outros tipos de marcas na pele, como as ceratoses, por exemplo, também podem surgir”, são mais comuns em áreas bastante expostas ao sol, como a região do colo, braços, ombros, rosto e mãos. A maioria dos casos é registrada em pacientes com mais de 40 anos, mas jovens também podem ser afetados pelas manchas, “especialmente aqueles “abusaram” do sol na infância e juventude”, como alerta o especialista. Tais sinais não são considerados câncer de pele, ainda que sejam causados pela exposição solar, mas, ainda assim, merecem atenção e cuidado! Se não observados, podem evoluir para um câncer de pele. Já as lesões malignas mais comuns são os carcinomas, e frequentemente atingem pessoas com mais de 60 anos e pele clara. “O carcinoma basocelular é o câncer mais frequente no mundo”.
Como prevenir as manchas
A dica do especialista é “praticar uma exposição solar consciente. Reconhecer que a exposição solar excessiva pode sim trazer resultados indesejados no médio e longo prazo”. Além desta, o uso de dermocosméticos hidratantes, como protetor solar e hidratantes corporais, auxiliam na proteção e regeneração da pele, evitando, também, o envelhecimento precoce.
*Estagiária sob supervisão de Marjana Vargas
