Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2018
De acordo com levantamento da International Diabetes Federation (IDF), aproximadamente, 425 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos de idade vivem com diabetes em todo o mundo. No Brasil, a prevalência é de 8% a 9%, o que equivale a 12,5 milhões de afetados. Segundo projeções da IDF, a tendência é de crescimento nesses números. Espera-se que, em 2040, mais de 642 milhões sejam diagnosticados com a doença. Dessa forma, é essencial conscientizar a população sobre o tema, esclarecendo dúvidas e divulgando as melhores formas de prevenção e tratamento. Para isso, no dia 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial da Diabetes.
Produzida pelo pâncreas, a insulina controla a quantidade de glicose que temos no sangue. O corpo dos portadores da diabetes não produz quantidade suficiente desse hormônio e, com isso, seu organismo não consegue processar adequadamente a glicose ingerida através do consumo de alimentos. Esse desequilíbrio pode aumentar a chance de infarto agudo do miocárdio, falência dos rins, cegueira e amputações nos membros inferiores.
O diagnóstico é realizado através de um simples exame de sangue. No entanto, é preciso estar bastante atento para identificar os sinais. Inicialmente, a doença não apresenta sintomas. No entanto, com o passar do tempo, o paciente passa a ter sede, urinar muitas vezes, ter muita fome e, ao mesmo tempo, pode perder peso rapidamente, falta de energia, dores e dormência nas pernas, visão turva e dificuldade de cicatrização.
Cada caso receberá um tratamento específico, utilizando medicações em formato de comprimidos ou injetáveis. O plano assistencial conta ainda com orientação alimentar adequada, atividade física e o monitoramento em casa da glicemia, utilizando aparelhos portáteis. Alterações nos hábitos diários são essenciais no processo. Por isso, é preciso contar com o suporte familiar nesse momento. “Logo após o diagnóstico, o paciente precisa entender que tem uma doença crônica, que vai necessitar de acompanhamento, mudanças do estilo de vida, uso de medicamentos e/ou insulina. Nesse sentido, a família tem um papel muito importante para cuidar, apoiar e ajudar essa pessoa”, explica a chefe do Serviço de Endocrinologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Maria José Zanella.
Como prevenir?
· Mantenha uma alimentação saudável
· Pratique atividade física regularmente
· Não fume
· Evite o consumo de álcool
· Controle o estresse e o excesso de peso
· Faça exames regularmente se estiver no grupo de risco
Como saber se você está em risco?
· Alteração da glicose de jejum (entre 100 e 125 mg/dL)
· Pressão elevada ou uso de medicação para controle
· Elevação do colesterol ou do triglicerídeos
· Peso elevado ou gordura mais concentrada no abdômen
· Síndrome dos ovários policísticos
· Medicamentos com corticoides
· Diabete gestacional
Quais são os principais tipos de diabetes?
Diabete Tipo 1: ocorre, principalmente, na infância e adolescência e surge a partir da destruição das células do pâncreas que produzem a insulina. Com isso, pouca ou quase nenhuma quantidade do hormônio é produzida, tornando necessário o consumo de forma constante.
Diabete Tipo 2: presente em 90% dos pacientes com a doença, ocorre quando o nosso organismo não produz insulina de modo suficiente para controlar a glicose no sangue ou quando não consegue aproveitar o que é produzido.
Diabete Gestacional: surge quando o pâncreas da gestante não consegue aumentar a sua produção de insulina, necessária para compensar a ação dos hormônios produzidos pela placenta. Os bebês ficam expostos a maiores quantidades de glicose dentro do útero e tendem a ter crescimento excessivo, parto com traumatismo e tendência a baixar a glicose após o nascimento.