Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2017
As arritmias cardíacas ocorrem quando o coração bate fora do ritmo cardíaco tradicional, provocado por mudanças na geração ou condução dos estímulos elétricos do órgão. Cerca de 5% dos brasileiros possuem alguma alteração desse tipo, que pode inclusive ser fatal.
Para promover o debate e estimular a divulgação de informações sobre o tema, no dia 12 de novembro, por ocasião da celebração do Dia Nacional De Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. Engajado nessa importante iniciativa, o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) promoverá uma atividade especial gratuita e aberta à comunidade no dia 10, às 13h30, no Anfiteatro Ir. José Otão (Av. Ipiranga, 6690 – 2º Andar). O evento será ministrado pelos cardiologistas do HSL Carlos Kalil e Jéssica Caroline Feltrin Willes. A atividade faz parte da campanha Coração na Batida Certa, da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), e irá mesclar apresentação de informações e treinamento para atendimento de casos de morte súbita.
“Todos os anos nós participamos e fazemos algo de diferente. Nessa sexta, vamos falar sobre o que é a morte súbita. Além disso, vamos atuar na prática, ensinando como é que se identifica e se ajuda esse paciente, como podemos fazer a diferença de alguma forma”, ressalta Kalil.
Com mais de 300 mil óbitos por ano, a morte súbita é a pior consequência das arritmias. É um evento inesperado e veloz, levando não mais do que uma hora entre o início e a finalização do processo. Ocorre em pessoas de qualquer idade, mesmo aparentemente saudáveis. Menos de 50% dos pacientes com morte súbita têm sintomas prévios. Devido a essa velocidade na ocorrência e sua imprevisibilidade, conseguir identificar rapidamente os casos é essencial para aumentar a chance de sucesso no atendimento. Cada minuto sem socorro diminui em 7% a 10% a chance de sobrevivência
Ciente disso, o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) realiza desde junho uma campanha que já capacitou mais de 1000 colaboradores, tanto da assistência como administrativos. Os participantes aprendem a reconhecer uma parada cardíaca e como iniciar o atendimento, realizando, por exemplo, manobras de reanimação. O treinamento em Suporte Básico de Vida ajuda a uniformizar as ações tomadas dentro da Instituição e a conscientizar, mostrando que todos podem ser determinantes nesse momento. “A maioria dos estudos mostra que, com os leigos atendendo precocemente, a chance de sobrevivência é muito maior do que só chamando o serviço de emergência e esperando a sua chegada. Então, se alguém pode fazer a diferença, é quem está por perto e pode identificar que o paciente está tendo um evento arrítmico, que muitas vezes pode ser fatal. Essas são manobras básicas para identificar, reconhecer que o paciente está em parada e começar a agir de forma precoce para que a gente possa rapidamente reestabelecer a respiração e o batimento cardíaco”, explica o especialista em arritmias e cardiologista do HSL Carlos Kalil.