Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de fevereiro de 2024
Aproximadamente, 35 milhões de homens e 21 milhões de mulheres sofrem de queda de cabelo em todo o mundo.
Foto: FreepikConforme dados atualizados este ano, cerca de 85% dos homens e 33% das mulheres irão experimentar a alopecia, popularmente conhecida como calvície, em algum momento. Aproximadamente, 35 milhões de homens e 21 milhões de mulheres sofrem de queda de cabelo em todo o mundo, sendo um dos principais incômodos envolvendo a aparência.
A perda dos fios em excesso é preocupante, já que pode sinalizar diversas doenças envolvendo a saúde no geral. Especialistas aconselham que devemos ficar atentos à movimentação dos próprios fios. Ao lavar, por exemplo, é possível verificar se a queda está mais acentuada que o normal, se for o caso, deve-se, portanto, iniciar os cuidados necessários à saúde capilar.
A origem para este problema pode vir de diversos fatores, desde causas genéticas e hormonais, até hábitos e situações que não esperávamos que afetasse, também, a saúde capilar.
Veja, agora, uma lista dos motivos mais comuns de queda de cabelo, segundo os especialistas:
Cigarro
Com base em dados do Progress Hub, 12,6% da população adulta do Brasil fuma. O tabagismo é mais prevalente entre os homens brasileiros (15,9%) em comparação com as mulheres brasileiras (9,6%).
Cigarro, charuto, cachimbo, cigarrilha, narguilé, cigarro eletrônico, entre outros, contam com substâncias tóxicas que prejudicam o organismo humano e também podem prejudicar a saúde de seus cabelos.
“O cigarro pode influenciar na queda capilar de algumas formas e isso ocorre devido às toxinas que danificam os folículos. Além disso, há uma redução do fluxo sanguíneo para o couro cabeludo impedindo que o sangue transmita os nutrientes necessários para a raiz do cabelo, e há, também, um aumento do estresse oxidativo, fazendo com que os cabelos percam a coloração precocemente.”, comenta o doutor José Carlos Maruoka.
Anemia
A falta de ferro no corpo é a carência mais comum nas pessoas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 30% da população global é anêmica. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que mais de 29% das mulheres adultas apresentam a doença. Além disso, estima-se que até 50% da população tenha carência de ferro, sobretudo em grupos com menor renda. Segundo o doutor, isso implica muito na saúde de nossos cabelos, devido ao ciclo de crescimento do cabelo, que repõe a perda capilar diária de, em média, 100 fios por dia. Quando nosso corpo está com baixa hemoglobina, temos um impacto direto na saúde e ciclo natural dos fios. Combinada com outros fatores, essa perda por deficiência de ferro pode se desenvolver, resultando em calvície.
“Dependendo do tipo de anemia, mais de um fator pode influenciar na queda capilar. O principal é a deficiência de ferro. O ferro é essencial no transporte de oxigênio pelo corpo; tendo menor oxigenação dos folículos capilares, há prejuízo no ciclo de crescimento dos fios.”, explica a nutricionista Regina Carralero.
Diabete, hipertensão e outras doenças silenciosas
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. Porém, muita gente não sabe que pele, cabelos e unhas também podem ser afetados por essa doença. Assim como o cigarro, algumas doenças silenciosas podem causar o mesmo tipo de dano, resultando na perda de cabelos, como é o caso da diabete, hipertensão, taxa de triglicerídeos alta ou obesidade.
Diversos fatores podem estar engatilhando uma queda de cabelo, mas se você tem diabetes, fica o alerta! É importante entender a causa dessa queda para tratar.
“Além do óbvio, quando falamos de diabetes (alteração da glicose), a síndrome metabólica também influencia os níveis hormonais, propensão a infecções fúngicas e bacterianas, e desidratação. Todos os fatores podem ser relacionados quando estudamos os quadros de queda capilar dos nossos pacientes.”, comenta a especialista.
Estresse
O estresse é um dos maiores vilões. Você perde cabelo quando o estresse ataca e fica estressado quando perde cabelo. Um ciclo vicioso quase sem fim. Dados da OMS apontam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população.
“A principal forma que o estresse afeta a saúde capilar é por meio do cortisol, um hormônio que é liberado em momentos de tensão ou ansiedade e afeta o ciclo de crescimento dos fios – encurta a fase anágena (crescimento) e prolonga a fase telógena (queda). Além disso, o estresse pode também enfraquecer os fios com a produção de radicais livres, causar uma condição autoimune e levar à tricotilomania (compulsão por arrancar os fios de cabelo).”, detalha o doutor.
E esses sintomas valem tanto para o estresse físico ou emocional, seja ele de forte impacto ou cumulativo, seja pelo excesso de trabalho, questões de saúde, ou problemas pessoais.
Hormônios na gravidez e na velhice
Em gestantes e puérperas, as alterações hormonais e o estresse do parto provocam uma queda de cabelo nas mamães que acabaram de dar à luz.
“A queda de cabelo relacionada à gravidez acontece, no geral, após o parto, com a queda repentina dos hormônios estrogênio e progesterona – que, durante a gravidez, prolongam a fase de crescimento dos fios. A queda é temporária e, caso permaneça, é um indicativo de que há algo a mais prejudicando a saúde dos fios.”, esclarece a doutora.
Na alopecia senescente (também conhecida como “alopecia senil”, é quando os cabelos do couro cabeludo se tornam extremamente finos em diâmetro e pode ser acompanhada ou não da queda de cabelo), provocada pelo impacto do avanço da idade no organismo, o estresse também é fator potencializador, acometendo homens e mulheres sem distinção, por influência genética ou hormonal.
“Na velhice, a diminuição de hormônios é um dos principais fatores responsável por desencadear um quadro frequente de queda (além, é claro, de fatores genéticos). A diminuição hormonal leva ao encurtamento da fase de crescimento dos fios e afinamento.”, explica a especialista.
Como tratar a queda de cabelo
Quando se está sofrendo queda de cabelo, também é importante procurar um tratamento. No entanto, o próprio Ministério da Saúde informa que é preciso evitar usar produtos caseiros e “milagrosos”. O recomendável a ser feito é procurar um especialista na área.
O doutor José Carlos Maruoka cita alguns exemplos de tratamento que um médico especialista geralmente recomenda para quem tem problemas com queda de cabelo:
“Cada caso tem um tratamento específico, mas um dos meios de tratamento mais simples da queda capilar é por uso de medicamentos, onde o especialista prescreve medicamentos para consumo oral a fim de bloquear o hormônio que causa a alopecia androgênica e, além disso, outras drogas destinadas a engrossar o cabelo. Na clínica onde atuamos, por exemplo, temos fórmulas exclusivas para a necessidade de cada paciente, bem como protocolos capilares para fortalecimento e melhora geral da saúde dos fios.”, pontua o especialista.
O doutor cita, também, outros meios de tratamento capilar:
“Outra forma de tratar do couro cabeludo, é por meio de tratamentos sem cirurgia. Na Clínica Pineapple Hair Brasil, por exemplo, temos tratamentos capilares sem cirurgia eficaz no tratamento da alopecia. Oferecemos um protocolo de terapia capilar avançada, com mesoterapia, nanotecnologia PRP, led terapia, alta frequência, soroterapia, fórmulas individualizadas e acompanhamento completo com assistência médica.”, complementa o doutor.
Ambos cuidados visam tratar a queda capilar, melhorando visivelmente a qualidade do cabelo. Para casos mais intensos, o médico aconselha outros tipos de tratamento.
“Tratamentos capilares médicos, bem como medicamentos orais, bloqueiam a perda de cabelo e engrossam o cabelo miniaturizado. Apesar que, em nenhum caso eles farão o cabelo crescer nas áreas onde não houve crescimento capilar, pois nessas áreas as unidades foliculares se desprenderam. A única maneira de recuperar o cabelo é com o implante capilar com técnica FUE, que consiste em uma cirurgia ambulatorial, minimamente invasiva, através da qual são extraídos os folículos necessários da área não afetada pela alopecia. Estes são implantados na zona calva e, por volta de um ano após a intervenção, novos cabelos irão crescer.”, comenta o médico especialista em transplante capilar.
Voltar Todas de Dicas de O Sul