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Diesel russo deixou de ser competitivo no Brasil, diz o presidente da Petrobras

Importações de diesel russo caem 15,7%, enquanto Petrobras registra recorde de vendas no terceiro trimestre (Foto: Divulgação/Agência Brasil)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou que o diesel russo não mantém sua competitividade no Brasil. Essa afirmação foi feita durante um evento no Rio de Janeiro nesta terça-feira (7), quando questionado sobre a diminuição das importações desse combustível neste ano, ao mesmo tempo em que a empresa está aumentando sua produção.

“Não tem guerra (com diesel russo). O mercado se acomodou, o diesel da Rússia era um diesel sancionado, que estava mais barato por ter sanção (em função da guerra). Mas a partir de um certo momento o diesel passou a ficar com o preço igual e não compensava mais trazer”, comentou, ao ser questionado durante um evento.

De acordo com a consultoria StoneX, as importações de diesel pelo Brasil somaram 11,72 bilhões de litros de janeiro a outubro. Esse número representa uma redução de 15,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa queda se deve, em parte, ao aumento da produção nacional e à maior proporção de biodiesel adicionado ao combustível fóssil. Essa análise foi divulgada nesta terça-feira.

Conforme informações do analista de mercado da StoneX, Bruno Cordeiro, em outubro, a Rússia passou a representar 42,1% do diesel importado pelo Brasil, enquanto em agosto essa parcela era de 74,6%.

Ao mesmo tempo, a Petrobras alcançou recordes de vendas e volumes produzidos de diesel S-10, que é o tipo mais comercializado no país, durante o terceiro trimestre.

“A Petrobras vai se adaptando a essas situações, tem seu produto, sua disponibilidade, chega em qualquer lugar do Brasil de forma competitiva. Essa é a política nova adotada sem necessariamente ficar no PPI sempre. Mas ela sempre vai tentar ganhar a disputa de mercado”, disse Prates.

Segundo ele, onde a Petrobras não puder ganhar, “vai deixar entrar em prol do consumidor mesmo”.

“Isso às vezes dura pouco porque a Petrobras é a espinha dorsal do abastecimento nacional e isso está claro hoje… rodando normal com nosso parque de refino, nossa logística, inteligência na importação de produto, a gente consegue abastecer o mercado brasileiro de forma competitiva e em paz”, concluiu.

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