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Diferença salarial entre homens e mulheres diminui no Brasil

A participação feminina em cargos de liderança passou de 35,7%, em 2013, para 39,1%, em 2023. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nos últimos dez anos, houve uma redução na diferença entre os salários pagos aos homens e às mulheres no Brasil. O índice que mede a paridade salarial passou de 72, em 2013, para 78,7, em 2023. A paridade de gênero é medida em uma escala de 0 a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior a equidade entre homens e mulheres.

Os dados estão no levantamento Mulheres no Mercado de Trabalho, realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O estudo também revelou que a participação feminina em cargos de liderança passou de 35,7%, em 2013, para 39,1%, em 2023. O índice de empregabilidade das mulheres apresentou evolução entre 2013 e 2023, passando de 62,6 para 66,6, respectivamente, um crescimento de 6,4%.

Os resultados do levantamento indicaram que as mulheres têm mais escolaridade do que os homens: enquanto elas possuem, em média, 12 anos de estudo, os homens têm 10,7 anos.

O tempo dedicado à chamada jornada de trabalho reprodutiva, ou seja, aquela que envolve as atividades domésticas e de cuidados com familiares, também é maior entre as mulheres. No caso das pessoas empregadas, esse tempo foi de 17,8 horas semanais para as mulheres e de 11 horas para os homens em 2022. Entre os desocupados – desempregados e pessoas em busca de emprego –, a diferença é ainda maior: as mulheres exercem 24,5 horas semanais de trabalho, e os homens, 13,4 horas.

Legislação

Em julho do ano passado, o presidente Lula sancionou uma lei que garante igualdade salarial entre homens e mulheres e estabelece medidas para tornar os salários mais justos, aumentando a fiscalização contra a discriminação e facilitando os processos legais para garantir igualdade salarial.

Com a nova lei, empresas com 100 ou mais funcionários devem fornecer relatórios semestrais transparentes sobre salários e critérios de remuneração. Esses relatórios devem conter informações que permitam comparar salários e remunerações entre homens e mulheres de forma objetiva. Caso haja alguma irregularidade, serão aplicadas punições administrativas.

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