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Dilma confirma indicação de procurador-geral para novo mandato

Dilma mantém a tradição de avalizar o candidato preferido dos procuradores do MPF. (Foto: Reprodução)

A presidenta Dilma Rousseff confirmou neste sábado (8) a indicação do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para um novo mandato de dois anos à frente do MPF (Ministério Público Federal).

Com isso, Dilma mantém a tradição de avalizar o candidato preferido dos procuradores do MPF. Janot foi o mais votado na lista tríplice do órgão para continuar no cargo de procurador-geral pelos próximos dois anos. Chancelado pela presidenta, agora o nome de Janot precisará ser aprovado pelo Senado.

Após participar de reunião com Dilma e o próprio Janot no Palácio da Alvorada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, avaliou que a escolha da presidenta reflete respeito pela autonomia do MPF.

Denúncias.

Janot deve encaminhar ao STF (Supremo Tribunal Federal) ainda neste mês, a partir do dia 17, as primeiras denúncias contra políticos investigados por suspeitas de participação no esquema de corrupção da Petrobras.

Ao final do encontro, que durou cerca de uma hora, Cardozo foi questionado sobre as críticas que Janot vem recebendo de parte dos personagens investigados pela Operação Lava Jato. A defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de investigação no STF e desafeto do Palácio do Planalto, acusou o procurador-geral da República de sonegar informações que constam em seu inquérito.

Sem citar nomes, o ministro saiu em defesa da liberdade do MP de apurar os fatos. “O governo pensa que a Constituição federal garantiu a liberdade investigatória àqueles que devem atuar nessa área. Evidente que não podemos jamais condenar pessoas sem que seja assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa, também garantidos na Constituição”, afirmou Cardozo.

O Palácio do Planalto emitiu uma nota oficial, anunciando a recondução. Leia a íntegra:

“A Presidenta da República, Dilma Rousseff, decidiu reconduzir ao cargo de Procurador-Geral da República o dr. Rodrigo Janot. A decisão foi informada ao próprio Procurador-Geral na manhã deste sábado (8), em reunião oficial no Palácio do Alvorada, realizada com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A escolha da presidenta Dilma Rousseff acolhe, novamente, posicionamento da maioria dos membros do Ministério Público Federal, assegurando assim, de fato, a autonomia estabelecida na Constituição de 1988 a esta importante instituição da República.”

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