Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2015
Mesmo com um forte ataque especulativo liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff tem demonstrado disposição em manter no comando da economia o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo relatos, essa intenção ficou clara na reunião da junta orçamentária, na tarde de sexta-feira, realizada no Palácio da Alvorada, onde começou a ser discutido o cenário de déficit no orçamento deste ano.
Durante o encontro, em nenhum momento Levy fez qualquer reclamação das críticas sofridas pelo PT mas, segundo interlocutores, ter minou a semana muito irritado com as críticas do próprio Lula. Na sexta-feira, a assessoria do Ministério da Fazenda informou que o ministro não pedirá demissão.
Em um discurso que fez no congresso da CUT (Central Única dos Trabalhadores), na terça-feira, Lula chegou a afirmar que Dilma tinha adotado, em seu governo, o discurso de campanha do perdedor e, de forma enfática, voltou a afirmar que era preciso trocar a agenda de cortes e ajuste fiscal por uma agenda de criação de empregos e crescimento do País.
Em conversa reservada com deputados petistas na quinta-feira, Lula voltou a criticar fortemente o titular da Fazenda. “Se fosse a crítica de um parlamentar petista, tudo bem. Mas quando a crítica vem de Lula, a situação fia mais delicada”, explicou um interlocutor de Levy.
A expectativa dos assessores mais próximos do ministro da Fazenda é que esse respaldo dado internamente por Dilma seja reafirmado publicamente, em sintonia com a condução da política econômica atual. (AG)