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Dilma determina que ministros não falem sobre os protestos

Brazil's President Dilma Rousseff delivers a speech during the memorial service for late South African President Nelson Mandela at Soccer City Stadium in Johannesburg on December 10, 2013. Mandela, the revered icon of the anti-apartheid struggle in South Africa and one of the towering political figures of the 20th century, died in Johannesburg on December 5 at age 95. Mandela, who was elected South Africa's first black president after spending nearly three decades in prison, had been receiving treatment for a lung infection at his Johannesburg home since September, after three months in hospital in a critical state. AFP PHOTO / PEDRO UGARTE

Após se reunir com ministros no Palácio da Alvorada no final da tarde de domingo, a presidenta Dilma Rousseff determinou que nenhum membro da equipe de governo conceda entrevistas sobre os protestos que mais uma vez levaram milhares de pessoas às ruas nas principais cidades do País.

Em mensagem divulgada após o encontro, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) informou que, para o governo, os atos ocorreram “dentro da normalidade democrática”. Segundo analistas, há um certo clima de comemoração no Palácio do Planalto, ao se confirmarem as expectativas de um contingente menor de participantes que o verificado nas manifestações de março.

O governo também estaria considerando positivo o fato de os principais líderes da oposição adotarem uma postura mais discreta, sem conseguir canalizar os protestos a favor de seus partidos. Soma-se a isso o avanço nas tratativas com a ala situacionista do PMDB, inabaladas pela movimentação nas ruas e que poderão permitir à presidenta, nas próximas semanas, acelerar a votação da chamada “Agenda Brasil” de medidas para conter as crises política e econômica.

Apesar dessa avaliação positiva, a tendência é que se mantenha a opção pelo silêncio ministerial sobre as repercussões do domingo. Dilma considera que sua imagem ainda está frágil para expor a si ou aos ministros. Com isso, ela evita transmitir uma ideia de soberba diante da insatisfação popular. (Marcello Campos com agências)

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