O presidente do BC (Banco Central) não perderá o status de ministro no corte de pastas que está sendo preparado pelo governo federal, disseram duas fontes oficiais com informações sobre o assunto. “Está descartado isso”, disse um integrante da equipe econômica ao ser perguntado sobre a possibilidade da mudança.
No começo desta semana, foi noticiado que o presidente do BC, Alexandre Tombini, teria ameaçado deixar o governo se perdesse o status de ministro na reforma administrativa preparada pela administração da presidenta Dilma Rousseff.
Tombini teria feito chegar ao Palácio do Planalto sua preocupação de ser alvo de ações judiciais por qualquer cidadão que se sentisse lesado por decisões do BC.
O status de ministro foi conferido ao cargo de presidente do BC em 2004 por meio de medida provisória posteriormente convertida em lei, quando o órgão estava sob o comando de Henrique Meirelles.
A partir daí, o dirigente do BC passou a desfrutar de foro privilegiado, respondendo a eventuais ações judiciais somente no STF (Supremo Tribunal Federal), tal como ocorre com o presidente da República, ministros, senadores e deputados.
A retirada do status de ministro do presidente do BC consta como sugestão no primeiro esboço de corte de ministérios preparado pelo Ministério do Planejamento para apreciação de Dilma. O plano do governo inclui também redução do número de cargos comissionados.
Essa segunda fonte, que como a primeira falou sob condição de anonimato, afirmou que a sugestão feita pelo Planejamento em relação ao presidente do BC não será endossada por Dilma, que optará por manter o foro privilegiado ao comandante do órgão. (Reuters)