A presidenta afastada Dilma Rousseff está preparando uma carta aos senadores ainda indecisos quanto à votação final do processo de impeachment. O conteúdo, que deve ser divulgado já nesta semana, também terá como alvo a base social do PT que saiu às ruas em defesa do mandato da petista.
O assunto foi discutido no Palácio da Alvorada, em recente reunião com líderes de partidos aliados e integrantes de movimentos sociais.
Em um aceno aos senadores indecisos, a petista pretende apoiar a realização de um plebiscito sobre reforma política e convocação de novas eleições, caso seja absolvida no processo, cuja votação deve ocorrer no final de agosto. Ela também está disposta a se comprometer com o equilíbrio fiscal.
Compromissos
Para afagar a base petista, Dilma deve reafirmar compromissos sociais e prometer, por exemplo, a manutenção da política de reajuste do salário mínimo. A carta poderá incluir uma avaliação do legado da presidenta e admitir (também na hipótese de retomada do mandato) a intenção de retomar o programa que a reelegeu.
Mesmo considerando improvável a volta de Dilma, a cúpula do PT aposta no desgaste do governo interino de Michel Temer, sobretudo pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato. (AG)