Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2015
A presidenta Dilma Rousseff vai determinar à sua equipe acelerar as conversas com centrais sindicais para tentar definir uma nova fórmula de aposentadoria para substituir o atual fator previdenciário.
Essa é a estratégia do governo para garantir que o Congresso não derrube um futuro veto presidencial à proposta aprovada nesta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, que altera as regras de cálculo da aposentadoria.
Em uma derrota do governo, os deputados aprovaram uma alternativa ao fator previdenciário, a fórmula 85/95. O trabalhador, ao decidir se aposentar, poderá optar por um ou outro mecanismo, desde que se encaixe nas novas regras.
A medida, aprovada como emenda à medida provisória 664, que restringe a concessão de benefícios previdenciários, como pensão pós-morte, ainda precisa ser aprovada no Senado antes de ir à sanção de Dilma.
A presidenta quer vetar a emenda aprovada porque ela pode aumentar, em dez anos, em 40 bilhões de reais os gastos da Previdência, o que seria uma sinalização de desequilíbrio ainda maior nas contas da Previdência Social no médio e longo prazos.
Estratégia de risco.
O governo avalia a possibilidade de tentar derrubar no Senado a emenda aprovada na Câmara, mas essa é uma estratégia de risco, que não deve ser adotada, porque isto forçaria a medida provisória 664 voltar a ser apreciada pelos deputados. Com isto, ela pode caducar, porque perde validade, se não for aprovada pelas duas casas, no final deste mês. (Folhapress)