Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por adm | 17 de dezembro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo do Estado aderiu ontem ao PP (Partido da Precaução), adiando os projetos mais polêmicos para o período de convocação extraordinária da Assembleia Legislativa no final de janeiro. A conclusão foi tomada após reunião com a bancada do MDB, que ainda tem dúvidas sobre vários temas. A situação financeira é tão grave que o Executivo prefere não correr riscos e esperar mais cinco semanas.
Dinheiro em caixa
Na sessão plenária de hoje, deve ser votado apenas o projeto de modificação das alíquotas da previdência civil, com o qual o governo pretende aumentar a arrecadação. A previsão é de que será aprovado para entrar em vigor 90 dias depois.
Caso único
Desde a primeira greve do magistério público estadual, em 1979, nenhum outro secretário da Educação como o atual, Faisal Karam, conseguiu ficar incólume. Os demais, expostos na vitrine, levaram pedradas.
Avulsos sem chance
O artigo 14 da Constituição Federal, no parágrafo 3º, define como condição de elegibilidade a filiação partidária. Os que defendem candidaturas avulsas precisam convencer senadores e deputados federais a aprovar a mudança. Qualquer outro caminho serve para perda de tempo.
Começa a torcida
O Produto Interno Bruto tem chance de crescer 2,5 por cento em 2020. Os indicadores recém divulgados apontam para retomada. Indústria, varejo e serviços registram taxas positivas.
Isso só não acontecerá se alguém tropeçar, derrubando o prato de boas notícias no meio do salão e estragando o tapete.
Ficamos fora
O artigo 5º da Constituição Federal, que é longo, garante que todos têm direito à ampla participação na vida pública. Há, porém, uma exceção que o poder impõe: a elaboração e as definições dos orçamentos da União, dos Estados e dos municípios. Restringe-se a salas fechadas de tecnocratas.
Chance de fazer turismo
Senadores e deputados federais criaram a Comissão Mista de Mudanças Climáticas. Aproveitaram para formar uma comitiva e participar de reunião das Nações Unidas sobre o tema em Madri. Hoje, apresentarão o relatório com as conclusões de sempre.
Fogem do principal
Senado e a Câmara dos Deputados precisam de mudança do clima, mas interna. As medidas são evidentes: redução de discursos vazios na tribuna, menos bajulação e mais decisão para votar as reformas tributária, política e administrativa. Enfim, cumprir na plenitude o que a tarefa de parlamentar exige.
Irresponsáveis
Quanto à Conferência sobre Mudanças do Clima, cabe acrescentar: os países ricos estão na primeira trincheira para combater o avanço devastador da poluição. Porém, com uma condição: que não tenham de gastar dinheiro nas operações. Repassam a conta, sem qualquer cerimônia, aos subdesenvolvidos.
Vão devagar
A Comissão Especial que analisa o projeto de emenda constitucional, estabelecendo a prisão após condenação em segunda instância, reuniu-se ontem para eleger os vice-presidentes. Nenhum gaúcho entrou na lista. O assunto voltará à pauta em fevereiro, após o descanso.
Inigualável
Depois do primeiro ministro inglês Winston Churchill, não surgiu político tão irônico e bem humorado. Certa vez, apontou a qualificação necessária para quem pretendia exercer cargos no setor público:
“Ter habilidade para prever o que vai acontecer na próxima semana, no próximo mês e no próximo ano, e a mesma habilidade para depois, explicar porque isso não aconteceu.”
Parece ter escrito para muitos políticos brasileiros.
Só com voos exclusivos
Nos países mais ricos do mundo, integrantes do 1º escalão de governo viajam em aviões de carreira e não reclamam. No Brasil, se não for em jatinho da Aeronáutica, não põem o pé na escada.
Sem se deixar iludir
Quando as promessas forem rigorosamente julgadas pelos eleitores, teremos a garantia de Democracia no lugar de demagogia.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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