Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2024
Diniz permaneceu por seis jogos no cargo, com duas vitórias, um empate e três derrotas
Foto: Thais Magalhães/CBFApós seis partidas, Fernando Diniz não é mais o técnico interino da Seleção Brasileira. Ele havia sido contratado em julho de 2023 para ocupar a vaga até junho deste ano, enquanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apostava no italiano Carlo Ancelotti para o cargo até 2026. O favorito agora é Dorival Júnior, treinador do São Paulo.
Diniz foi comunicado da decisão pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, que foi reconduzido ao cargo na tarde de quinta-feira (4) após um afastamento determinado em 7 de dezembro pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Ao londo dos últimos meses, Diniz manteve o trabalho no Fluminense, ocupando as duas funções. Ele teve apenas seis jogos pela Seleção: vitórias contra Bolívia e Peru, derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina, além do empate com a Venezuela.
Só que Ancelotti renovou seu contrato com o Real Madrid, da Espanha. Ele declarou ter chegado a conversar com o dirigente brasileiro, mas que seu desejo sempre foi permanecer no clube espanhol. Ednaldo decidiu que não será Diniz que irá substitui-lo de forma efetiva.
Rodrigues já conversou com Julio Casares, presidente do São Paulo, e foi informado que terá de pagar multa de três meses de salário (cerca de R$ 2 milhões, ao todo) para contratar Dorival Júnior. O clima no tricolor paulista é de pessimismo sobre uma continuidade do trabalho, que tem sido muito bem avaliado.
Crise na CBF
Na entidade máxima do futebol, a confusão ganhou novo capítulo nesta sexta-feira após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidir pela recondução do presidente afastado Ednaldo Rodrigues ao cargo. A reviravolta acontece às vésperas de uma visita da Fifa e Conmebol à confederação para análise do imbróglio, marcada para esta segunda-feira (8).
A decisão do ministro do Supremo sucede uma série de conturbações políticas e futebolísticas que rondam a CBF, que vive bastidores caóticos desde o começo de 2023. Desde janeiro passado, sem um técnico titular e sob o controle de interinos, a Canarinho acumulou recordes negativos e quebrou tabus históricos, que culminou no fim de um ciclo de Eliminatórias na sexta colocação.
Ainda nesta quinta, logo após a divulgação da decisão do magistrado, Ednaldo Rodrigues falou pela primeira vez como presidente restituído da CBF. À revista “Veja”, o cartola comentou os próximos passos à frente da entidade, o vislumbre de um comando técnico definitivo para a Seleção Brasileira e seu próprio futuro na política desportiva.