Quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 27 de agosto de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), não se faz de rogado na hora de usar uma das mordomias de quem tem cadeira na Esplanada dos Ministérios: usar jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) sem dó e nem piedade. Até semana passada, Dino desfrutou ao menos de 64 voos, segundo números de registros de voo da própria FAB. A prata fica com o ministro da Integração, Waldez Goés (PDT), que levantou voo 59 vezes.
Ponte aérea
A lista segue com o ministro da Educação, o petista Camilo Santana, que acionou a FAB por 51 vezes. Nísia Trindade, da Saúde, fez 50 voos.
Check-in
O secretário-geral de Lula, Márcio Macedo, segue a lista. Usou jatinhos da FAB em 49 oportunidades. Fernando Haddad, da Fazenda, 47 vezes.
Verde de lado
Suposta ativista contra emissão de CO2, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deixou a militância e viajou 18 vezes de jatinho da FAB.
Só uma vez
Na lanterninha, com apenas uma solicitação, ao menos nos registros da FAB, está o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
INSS boicota aposentadorias; fila é de 2,3 milhões
O INSS ignorou as queixas – ao menos da boca pra fora – do presidente Lula (PT) e faz crescer a fila de espera da aposentadoria, agora com impressionantes 2,3 milhões de trabalhadores, desrespeitados a cada dia pela má vontade, a lerdeza, a incompetência e o até desinteresse da repartição. Malandramente, o INSS “zera” os processos quando eles se aproximam dos 90 dias do limite fixado pelo Supremo Tribunal Federal.
INSS na ilegalidade
Para o represamento cruel de aposentadoria, o INSS ignora a lei 13.726, de 2018, que proíbe exigir documentos emitidos pela própria União.
Exigências abusivas
A ignorada lei 13.726 proíbe a exigência abusiva de certidão ou documento expedido por outro órgão ou entidade do mesmo Poder.
Apenas crueldade
O INSS faz até exigências indevida de averbações e certidões de quem, buscando aposentadoria por idade, só precisa provar que está vivo.
Reincidência
“Passados 8 meses do seu retorno à cena do crime, Lula segue sem projetos para o país”, avaliou o deputado Sanderson (PL-RS), que acionou o TCU para investigar também o relógio de R$80 mil de Lula.
Crimes não existem
À coluna, o advogado de Allan dos Santos, Renor Oliver, disse que a extradição do jornalista “não vai para frente” porque não há provas contra o criador do Terça Livre. Inquéritos das fake news, atos antidemocraticos e milícias digitais tratam de crimes que não existem na legislação.
Tiro na mentira
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) voltou a explicar que a presidente impichada Dilma Rousseff não foi “inocentada” das pedaladas fiscais: “presidente da República não responde por improbidade. Ponto final”.
Na pauta
A CPMI do 8 de Janeiro deve votar um blocão de requerimentos da oposição, que tem chiado por causa da morosidade para votar temas espinhosos ao Palácio do Planalto. Mas todos serão rejeitados, claro.
Viva a impunidade
Ao defender descriminalização da maconha, o ministro Luís Roberto Barroso (STF) disse que a mudança deve ocorrer para evitar o “hipercarceramento dos jovens”. Sobre andar na linha, nada disse.
PT vs. PDT
O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, deve trocar o PDT do atual prefeito de Fortaleza, José Sarto, pelo PT do governador Elmano de Freitas, de olho nas eleições municipais de 2024.
Xandão na CPMI
O senador Flávio Bolsonaro (Rep-RJ) ironizou a ideia do ministro Alexandre de Moraes de convidar um “hacker do bem” para testar as urnas eletrônicas, “agora vão ter que convocar o Moraes para a CPMI”.
Tudo suspeito
O deputado prof. Paulo Fernando (Rep-DF) desconfiou da CPMI do 8 de janeiro. “Assisti na última reunião o advogado do depoente [Walter Delgatti] cochichar com a relatora. O advogado não pode nem se dirigir a nós membros da CPMI, que dirá cochichar com a relatora”.
Pensando bem…
…ex-futuro-ministro é pior que futuro ex-ministro.
PODER SEM PUDOR
Pelada política
Durante um almoço, o senador Ney Suassuna (PB), na época líder do PMDB, enumerou as agruras que enfrenta no seu dia a dia. O então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ouviu o relato com espanto e depois desabafou, arrancando gargalhadas: “E eu achava que futebol era complicado…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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