Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2023
Espectadores do canal Viva reclamaram de cortes na reprise da novela e questionaram atitude da emissora
Foto: ReproduçãoO Viva comunicou, nesta segunda-feira (1º), que Malhação 1998 será reprisada no canal com alguns cortes. A decisão não agradou parte dos internautas, que criticaram a emissora.
“Piada mesmo. Vocês já colocam aviso de alerta para costumes da época. Por que cortar então?”, questionou um. “Queremos as produções em suas íntegras, não cortadas”, reclamou outro. “Quem assiste tem noção que todas as obras reproduzem comportamentos do tempo em que foram produzidas. Censurar é um absurdo”, disse outro.
O diretor Erick Bretas, diretor de produtos digitais e canais fechados da Globo, defendeu o corte das cenas.
“Como alguns de vocês estão me marcando aqui, acho importante esclarecer o motivo do corte. Os episódios em questão mostram o plot de uma banda de rastafaris que deveria se apresentar em um concurso de bandas. A ausência da banda leva um grupo de meninos brancos a se pintarem de preto e se apresentarem no lugar da banda ausente. Um caso de black face. Em 1998 isso poderia ser tolerado. A sociedade evoluiu e hoje cenas assim são consideradas ofensivas. Esse plot não acontece de forma rápida na trama. As consequências dessa ação duram vários episódios”, explicou Bretas.
“Preservar a memória da nossa teledramaturgia sempre foi um compromisso do Viva e não há como negar o empenho do canal em resgatar clássicos da nossa história. Mas essa missão tem que se equilibrar com os valores da sociedade contemporânea. Muitos espectadores poderiam se sentir ofendidos com a reprodução daquelas cenas e com a duração de um plot de black face por vários capítulos. Respeitamos quem pensa diferente, mas nesse caso prevaleceu o entendimento de respeitar a sensibilidade da audiência de 2023. A trama principal pode ser compreendida com a continuação da história. Espero que vocês continuem com a gente. Bom feriado pra todos e todas”, finalizou.