O diretor Oliver Stone criticou Robert Downey Jr. por seu trabalho em Assassinos por Natureza (1994), um dos filmes mais celebrados do cineasta. Ao Esquire, Stone disse que se incomodava com as improvisações do ator durante as filmagens. Na cena em que o personagem de Downey Jr. mergulha a camisa branca em sangue falso e simula um pênis sangrento, por exemplo, o diretor chegou a gritar com ele.
“Isso é demais! Você está indo longe demais, Robert”, diz Stone sobre o que reclamou do ator. “Você está estragando meu filme! Esqueça a ideia idiota do pinto… isso não é uma bobagem de comédia pastelão”.
O cineasta também afirma que eventualmente chegou a um consenso com Downey Jr. para a cena, em que ele pediu que o ator apenas segurasse a camisa um pouco para dentro das calças.
Passado problemático
Vencedor do Oscar de ator coadjuvante por sua atuação como o empresário e ex-oficial naval Lewis Strauss em Oppenheimer, de Christopher Nolan, Robert Downey Jr. é sempre apontado em Hollywood como um exemplo de superação, ao vencer um passado de abuso de drogas e álcool e problemas de relacionamento nos sets para chegar à glória na indústria do audiovisual.
Os problemas de dicção de Downey Jr. são amplamente conhecidos em Hollywood, e o ator fala abertamente sobre sua dependência e a sobriedade conquistada desde 2003. Antes disso, ele teve de administrar uma trajetória marcada pelo surgimento como um ator prodígio até o ponto em que muitos produtores o evitavam por medo de problemas no set.
Nesta época, ele chegou a ser preso em 1996 e 1999, após policiais encontrarem drogas e uma arma em seu carro. O astro teve sua última prisão em 2001, após seguidas idas e vindas a centros de reabilitação.