Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2022
O MPF argumentou que Silvinei fez uso indevido do cargo ao pedir votos para Bolsonaro
Foto: Valter Campanato/Agência BrasilO juiz José Athur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, atendeu a um pedido do MPF (Ministério Público Federal) e tornou réu por improbidade administrativa o diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques.
O pedido do MPF foi apresentado no dia 15 deste mês. Na ocasião, o órgão também solicitou o afastamento de Silvinei do cargo. Ao analisar o caso, o juiz afirmou que, como o policial está de férias, quer ouvi-lo antes de tomar uma decisão.
O MPF argumentou que Silvinei fez uso indevido do cargo ao pedir votos para o presidente Jair Bolsonaro, que disputou a reeleição. “A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social privada, mas aberta ao público em geral, tudo facilmente acessível na internet, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da instituição PRF e concomitantemente à imagem do chefe do Poder Executivo federal e candidato à reeleição, denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçada sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais”, afirmou o órgão.
Um inquérito aberto pela PF (Polícia Federal) investiga blitzes da PRF no dia do segundo turno das eleições. Contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que transportavam eleitores. A corporação alegou que fiscalizou questões técnicas dos veículos, como condições de pneus.
Também é alvo de investigação a conduta de Silvinei diante dos bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores de Bolsonaro depois que ele foi derrotado pelo ex-presidente Lula. O MPF aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos.