A diretoria do Figueirense registrou boletim de ocorrência em que diz ter recebido ameaça de por parte de torcedores que participavam de um protesto nos arredores do estádio Orlando Scarpelli, nesta sexta-feira (23). O ato reuniu cerca de 100 pessoas e foi acompanhado de perto por policiais militares.
Durante a semana, a sede administrativa do clube também foi invadida, por indivíduos ainda não identificados, que deixaram o local antes da chegada da polícia. Câmeras do circuito interno gravaram a ação dos invasores e foram disponibilizadas na tentativa de identificação. A assessoria de imprensa do clube informou que os dois casos foram encaminhados às autoridades para que sejam tomadas as devidas providências.
Nesta sexta-feira, após oito dias de greve, os jogadores do Figueirense retomaram os treinos e garantiram presença em campo na partida deste sábado (24) contra o CRB, no Orlando Scarpelli, pela Série B. Também em nota, os jogadores afirmaram que, apesar de nem todas as exigências terem sido cumpridas, retomaram os trabalhos em respeito à agremiação e aos torcedores.
O Figueirense vive uma das piores crises da sua história. Na última terça-feira (20), o time perdeu por W.O para o Cuiabá após os jogadores decidirem não entrar em campo como forma de protesto contra os atrasos salariais.
Bloqueio de bens
A Justiça do Trabalho de Santa Catarina determinou de forma liminar (temporária) o bloqueio imediato de bens móveis e imóveis de três empresas e cinco dirigentes ligados ao Figueirense. A decisão é desta sexta-feira. O bloqueio foi pedido pelo MPT-SC (Ministério Público do Trabalho).
O objetivo da decisão da juíza Danielle Bertachini, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, é garantir o valor de R$ 9,6 milhões para pagar os salários atrasados de 2019 de jogadores e funcionários do clube.
O pedido do MPT-SC foi concedido de forma parcial pela Justiça do Trabalho. Isso porque a juíza determinou o bloqueio dos bens de oito réus, enquanto o MPT-SC pedia que isso ocorresse com 12.
Entenda a crise no Figueirense
A crise financeira ganhou proporções nacionais há uma semana, quando os jogadores paralisaram as atividades em protesto pelos salários atrasados. Sem treinar semana passada, o grupo viajou a Mato Grosso para enfrentar o Cuiabá na Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, sem pagamento, não entrou em campo e perdeu por W.O.