Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governador do Rio Grande do Sul mantém seu discurso contra a reeleição e como prova apresenta o fato de não ter disputado um novo mandato como prefeito de Pelotas, elegendo sua sucessora, a atual prefeita Paula Mascarenhas, agora no segundo mandato.
Nas recentes entrevistas, Eduardo Leite tem insistido que seu foco está num projeto nacional. Isso obrigaria que deixasse o governo gaúcho ainda no primeiro semestre 2022.
Porém, se mantiver o discurso contra a reeleição, o governador gaúcho vai alimentar ainda mais no PSDB, uma disputa interna pela sua sucessão.
Disputa interna no PSDB já começou
O discurso do governador contra a reeleição ao Piratini funcionou como uma estratégia para abrir espaço ao surgimento da prefeita Paula Mascarenhas neste cenário. No entanto, acabou abrindo espaço também para o prefeito reeleito de Santa Maria, Jorge Pozzobon, alinhar seu discurso de pré-candidato ao Piratini. Pozzobon tem dito que seu sonho é chegar ao Piratini e a reeleição em Santa Maria legitimaria esse projeto. Assim como o projeto de Paula Mascarenhas, reeleita em Pelotas.
Neste debate interno dos tucanos, há espaço ainda para nomes de peso, como o ex-prefeito de Porto Alegre Marchezan Júnior e o deputado federal Lucas Redecker.
A disputa interna no PSDB começa a se acirrar e só vai arrefecer se o governador Eduardo Leite mudar de posição e passar a admitir a hipótese de disputar a reeleição. Algo improvável de acontecer.
No DEM, a vez de Onyx Lorenzoni
No DEM, há consenso de que chegou a hora do deputado federal e atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disputar o governo do Estado. Parceiro de primeira hora de Jair Bolsonaro no projeto vitorioso da disputa presidencial, Onyx estava ao lado do atual presidente num momento em que o projeto era visto com ceticismo pelos analistas políticos e com ironia pelas raposas da política brasileira, afinal derrotadas em 2018. Com esse crédito, Onyx não terá dificuldades em contar com o apoio exclusivo do presidente ao seu projeto de chegar ao Piratini.
PP já definiu o senador Heinze
O PP tem um candidato previamente definido: será o senador Luiz Carlos Heinze, que na eleição de 2018 foi atropelado pelo acordo firmado entre a cúpula do partido, que retirou sua candidatura ao Piratini, deslocando-a para o Senado. O PP vai resgatar essa dívida com Heinze, dando-lhe em 2022 a oportunidade de disputar o Palácio Piratini.
MDB entre Osmar Terra e Alceu Moreira
O MDB tem um nome forte, aliado do presidente Jair Bolsonaro, com posições corajosas sobre temas polêmicos, como a estratégia de enfrentamento da pandemia: o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra. Para se legitimar como candidato dentro do MDB, poderá ter uma disputa interna com o atual presidente regional, o deputado federal Alceu Moreira.
Romildo Bolzan vem pelo PDT?
O PDT acena com uma candidatura que traria para o cenário político a paixão pelo futebol: o atual presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Junior.
Ex-prefeito de Osório, município do litoral norte do Estado, Bolzan já presidiu o PDT estadual, afastou-se da política em 2014 e tem desconversado sobre a possibilidade de disputar o governo do Estado.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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