Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de outubro de 2015
Integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras da base aliada e da oposição bateram boca no início da sessão dessa quarta-feira, marcada para ouvir o depoimento do presidente da estatal petroleira, Aldemir Bendine.
O fato aconteceu quando os parlamentares debatiam uma eventual convocação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Conforme o Ministério Público da Suíça, divulgada na semana passada, uma conta em nome da mulher do presidente da Câmara foi usada para bancar despesas pessoais do casal. Ao ouvir o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), argumentando pela ida do peemedebista à comissão, o deputado João Gualberto (PSDB-BA) provocou o colega: “O deputado Ivan Valente fala como auxiliar do PT” afirmou.
Visivelmente exaltado, Valente rebateu, subindo o tom: “Vossa excelência não me conhece. Cale a boca”.
Em seguida, Celso Marun (PMDB-MS) fez uma defesa enfática de Cunha, seu correligionário, afirmando que ele não era o protagonista do escândalo de corrupção discutido na CPI e argumentou que ele estava sendo alvo de execração pública. “Vazamentos seletivos querem levar o presidente desta Casa à execração pública, que ele não merece. Somos tupiniquins? Se a Suíça falou, parou o Brasil? É o colonialismo? Se a Suíça quiser procurar dinheiro, tenho certeza que 2 milhões de dólares é troco”, disse Marun.
O argumento do peemedebista foi a deixa para o petista Jorge Solla (BA) entrar no embate e criticar a prisão de uma parente do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que também está preso por suspeita de participação no esquema da Petrobras. “Não acharam dinheiro do Petrolão em conta nem de Dilma nem de Lula. Foi na de Eduardo Cunha. Por que Sérgio Moro mandou prender a cunhada de João Vaccari e não mandou a mulher de Eduardo Cunha?”, questionou Solla. (Folhapress)