Segunda-feira, 07 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O deputado federal Onyx Lorenzoni é o principal vanguardeiro de Jair Bolsonaro no país. Ontem, durante a convenção do DEM que lotou o plenário Ana Terra, da Câmara Municipal, declarou:
1º) Bolsonaro vencerá porque a preferência da maioria dos eleitores vai superar a estrutura dos grandes partidos.
2º) A equipe econômica de Bolsonaro, liderada por Paulo Guedes, será única a entrar em confronto com os banqueiros para diminuir a taxa de juros da dívida pública e dos empréstimos feitos pela população.
3º) O projeto de governo, denominado Fênix, será lançado a 10 de agosto, incluindo a redução da estrutura do governo de 30 para 14 ministérios.
4º) O espaço de apenas oito segundos de propaganda em rádio e TV não assusta. As redes sociais e as manifestações espontâneas de apoio vão compensar.
5º) Luis Carlos Heinze, ao lado de Bolsonaro, chegará ao 2º turno.
6º) Na política externa, uma das medidas do Brasil será transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.
Qual será a mágica?
O presidente Michel Temer, num gesto louvável, abriu os números aos que pretendem sucedê-lo. Saberão que o déficit do orçamento de 2019 não ficará abaixo de 350 bilhões de reais. Mesmo assim, a maioria dos candidatos garante que vai zerar o rombo nas contas públicas em dois anos. Nenhum diz como.
Cortar gastos é uma saída que tira votos. O anúncio, portanto, fica descartado durante a campanha. Outra fórmula: aumentar impostos. Impensável para a população que já enfrenta uma das cargas tributárias mais altas do mundo e com retorno sofrível.
Os debates em rádio e TV deverão começar com a pergunta: qual a mágica que Vossa Excelência fará para cumprir a promessa de fulminar o déficit?
Fotografia do momento
As finanças públicas comparam-se ao trem descendo a ladeira sem freio. É preciso não aumentar a pressão das caldeiras.
Divisão gera dúvida
A legislação determinou, em maio deste ano, que 70 por cento do Fundo Eleitoral devem financiar as campanhas de mulheres candidatas. O MDB reservará 70 milhões de reais; o PT, 63 milhões e o PSDB, 55 milhões. Seguem-se os demais.
Surgiram interpretações. Alguns partidos entendem que se destinam às que concorrem à Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas. Outros incluem os cargos majoritários. Falta o Tribunal Superior Eleitoral decidir.
Cerco aos boatos
O secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Frazão, afirma que a lei brasileira permite a cassação de mandato se for comprovado envolvimento de político na disseminação de informações falsas, chamadas fake news. O mesmo vale para candidatos, que terão o registro suspenso.
Direito de escolha
A 14ª Vara Federal de Curitiba tem promovido audiências, exigindo a presença de autores de calúnias via redes sociais. Divulgam o pedido de desculpas ou são processados.
Reta das definições
O último dia para os partidos e coligações apresentarem requerimento de registro de candidaturas será 15 de agosto.
Balança mas não cai
O Comitê de Política Monetária do Banco Central abrirá, na terça-feira, a quinta reunião do ano. Antes das eleições haverá mais uma, a 18 de setembro. Assessores do Palácio do Planalto acham desnecessário diminuir a taxa atual de juros de 6,5 por cento. Quando Temer assumiu a Presidência, em maio de 2016, estava em 14,15 por cento. A redução não teve efeito favorável nas pesquisas de opinião.
Coisas nossas, muito nossas
A Controladoria-Geral da União quer saber detalhes sobre o caso: nos últimos cinco anos, os balanços da Eletrobras registram prejuízos. Mesmo assim, a estatal reservou 264,3 milhões de reais para distribuir como lucro a seus funcionários.
Há 50 anos
A 28 de julho de 1968, o governo confinou, sob vigilância federal, o ex-presidente da República Jânio Quadros em Corumbá, interior do Mato Grosso. Julgou que, por estar com direitos políticos suspensos, Jânio não poderia criticar e dar opiniões. Ficou por 120 dias nessa condição.
Mudou
Houve tempo em que o sonho dos partidos era ser o desaguadouro das angústias da sociedade. Hoje, viraram pesadelo com a descrença de muitos eleitores.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.