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Política Disputa de partidos políticos do Centrão por ministérios pode atrasar a reforma ministerial de Lula

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O presidente Lula durante reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília (DF). (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Esperada para as próximas semanas, a reforma ministerial que pretende atender demandas de partidos do Centrão e oferecer a eles melhores espaços no primeiro escalão do governo corre risco de atrasar em função da disputa pelas mesmas pastas por legendas do bloco. É o caso de Agricultura e Turismo. O acirramento deve exigir do Executivo ajustes que podem afetar outras siglas da base governista, entre elas, o próprio PT.

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que a construção da reforma será minuciosa e cuidadosa para evitar que mudanças desagradem uma parte da base e, consequentemente, causem prejuízos à governabilidade.

É esse processo que pode fazer com que as trocas de cargo leve mais tempo do que o próprio presidente gostaria, diante da busca por melhora, o quanto antes, na relação com o Legislativo, que retoma os trabalhos na próxima semana.

Parte desse quebra-cabeça a ser montado envolve o PP do atual presidente da Câmara, Arthur Lira. A sigla quer emplacar o parlamentar na pasta da Agricultura, mas esbarra no ministro Carlos Fávaro, do PSD, que foi indicado pela bancada do partido no Senado. Os senadores pessedistas não pretendem apoiar a substituição, o que pode complicar a equação necessária para atender a todos os interessados.

A substituição de Fávaro também é complexa em função da boa relação entre o ministro e Lula, que é grato pela articulação do auxiliar no Mato Grosso durante as eleições de 2022.

Insatisfeita com a Pesca, a bancada do PSD na Câmara reclama da pasta pouco relevante que está sob comando de André de Paula (PSD). Cobiçam o Turismo, que tem Celso Sabino (União) como titular. Ciente da ofensiva, a legenda de Sabino já fez chegar ao Planalto que resistirá e tem um abaixo-assinado pela permanência do correligionário no posto.

Como solução para atender o PSD e não desagradar o União, uma possibilidade é deslocar Sabino ou alguém do União para o comando da pasta de Ciência e Tecnologia, atualmente nas mãos de Luciana Santos, do PCdoB. Ela migraria para o Ministério da Mulheres no lugar de Cida Gonçalves.

O PSD também trabalha com uma outra opção e tenta emplacar Antonio Brito (PSD-BA) no Ministério de Desenvolvimento Social. O deputado desistiu de sua postulação ao comando da Câmara e apoiou Hugo Motta (Republicanos-PB) depois de ver o governo se posicionar a favor do adversário.

A pasta é comandada por Wellington Dias, um quadro importante do PT e que tem boa relação com Lula. A ofensiva tem poucas chances de êxito, porque os petistas não querem entregar um ministério que “tem a cara e a agenda do PT” a uma sigla aliada.

A Secretaria de Relações Institucionais, comandada por Alexandre Padilha (PT), chegou a ser alvo de investidas de parlamentares do Centrão e do centro desde o ano passado, quando o ministro e Lira romperam publicamente.

Na época, muitos cogitaram que a substituição de Padilha poderia solucionar a relação turbulenta entre Executivo e Legislativo. A mudança, porém, acabou não ocorrendo.

A retomada das negociações por uma reforma ministerial reacendeu as movimentações pela saída de Padilha. Um dos nomes apontados para a vaga seria Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que tem boa interlocução com Lula, bom trânsito no Congresso e uma relação próxima com Motta.

O ministro, porém, já teria recebido acenos de que será mantido no cargo. Tanto que recebeu a atribuição de coordenar as conversas com partidos para negociar as mudanças no primeiro escalão.

Ainda que todas as legendas estejam sendo ouvidas, a base aliada acredita que o PP, de Lira, e o Republicanos, de Motta, que contam com um ministério cada um, precisam ser priorizados neste momento. Ajustes que atendam PSD, MDB e União são importantes, mas não têm o mesmo peso, já que esses partidos têm representação expressiva na Esplanada. As informações são do jornal Valor Econômico.

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