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Brasil Disputa Polícia Federal x MPF afeta a avaliação de acordos da Odebrecht

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Lava Jato já revelou 4 bilhões de reais em propina. (Foto: Reprodução)

As delações da Odebrecht ainda estavam em negociação quando a PGR (Procuradoria Geral da República ) decidiu que a PF (Polícia Federal) não participaria das tratativas. Desde então, no que diz respeito ao acordo da maior empreiteira do Brasil, piorou a relação entre os dois órgãos essenciais da Operação Lava Jato.

Um importante delegado que atuou na Lava Jato explicou porque considera um erro do Ministério Público Federal a exclusão da Polícia Federal das negociações. Segundo ele, a PF já tinha conhecimento da maioria dos crimes cometidos pela empreiteira e poderia ajudar na busca pelas informações.

“Sou contra a arrogância de querer fazer algo sozinho sobre o qual não tem domínio completo”, afirmou o investigador, dizendo que agora os procuradores pagarão sozinhos o “preço dos erros”.

Internamente, policiais federais explicam que o mais importante erro da delação da Odebrecht são aquilo que definem como “inúmeras contradições” e “mudanças de versões” dos mais de 70 delatores da empresa nos seus depoimentos.

“Nunca vi utilidade nesse acordo da Odebrecht. O tempo vai dizer quem tem a razão”, diz outro policial com profundo conhecimento das investigações. Na avaliação dele, as apurações seguiriam até sem a necessidade da delação.

A força-tarefa de Curitiba trabalhou com a PF em alguns acordos, mas a proibição da participação da PF nas negociações, segundo informam investigadores, aconteceu em relação aos acordos que tinham que passar pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Em mais de uma ocasião, a colaboração da Odebrecht aumentou – e muito – o escopo da Lava Jato, e o acordo faz, sim, jus ao apelido de “fim do mundo”.

A pergunta agora é como essas críticas da PF, seja às supostas contradições, seja a outros eventuais problemas identificados, serão avaliadas pelos juízes dos processos, quando citadas nos autos no Supremo Tribunal Federal ou na primeira instância.

No MPF, a avaliação é de que as críticas são prejudiciais, mas surgem como antecipações de posicionamentos que podem não se confirmar.

“É possível, por exemplo, que um caso venha a se desenvolver com mais provas adquiridas depois. Mas a PF já antecipou uma posição contrária que não é real”, explica um procurador. (AG)

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https://www.osul.com.br/disputa-policia-federal-x-mpf-afeta-avaliacao-de-acordos-da-odebrecht/ Disputa Polícia Federal x MPF afeta a avaliação de acordos da Odebrecht 2017-08-04
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