Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2023
Os bancos alegam que não tinham conhecimento da total exposição da empresa.
Foto: ReproduçãoA lista detalhada de credores da Americanas revela que mais da metade da dívida da empresa é com os maiores bancos brasileiros. São mais de R$ 22 bilhões divididos entre apenas nove bancos de um total de R$ 41 bilhões reconhecidos na recuperação judicial.
Os dados ajudam a explicar o tamanho da briga entre os bancos credores e a empresa de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.
Os bancos alegam que não tinham conhecimento da total exposição da empresa por causa do que vem sendo investigado como possível fraude no balanço. O trio de empresários nega conhecimento.
De acordo com a lista protocolada na Justiça, os principais credores privados são Bradesco, com R$ 4,5 bilhões; Santander, R$ 3,6 bilhões; BTG, com R$ 3,4 bilhões; Votorantim, com R$ 3,3 bilhões, Itaú Unibanco, com R$ 2,7 bilhões e Safra com R$ 2,5 bilhões.
A exposição dos bancos públicos é menor. Banco do Brasil tem R$ 1,3 bilhão, Caixa, R$ 501 milhões e BNDES, R$ 276 milhões. O alemão Deutsche Bank responde pela maior exposição à varejista, de US$ 1 bilhão de dólares (R$ 5,2 bilhões).
Mais cedo nesta quarta-feira (25), a Americanas divulgou que a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, reduziu sua participação na empresa para cerca de 0,12% das ações, mais 0,36% via instrumentos de derivativos. Em dezembro, segundo dados no site da Americanas, essa fatia era ao redor de 5,05%.
No começo da semana, a Capital International Investors (CII) comunicou a companhia sobre a redução de sua participação acionária na varejista de 7,04% para 4,07%.