Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de junho de 2015
A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, registrou aumento de 1,83% em maio, para 2,49 trilhões de reais, segundo dados divulgados nesta terça-feira (23) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em abril, o montante estava em 2,45 trilhões de reais.
Os números oficiais mostram que o aumento da dívida em maio está relacionado com a emissão líquida e com a apropriação de juros sobre o estoque do endividamento brasileiro. No mês passado, foram emitidos 86 bilhões de reais em papéis da dívida federal, ao mesmo tempo em que foram resgatados 72,98 bilhões de reais. Com isso, a emissão líquida somou 13,11 bilhões de reais. Ao mesmo tempo, as despesas com juros totalizaram 31,65 bilhões de reais.
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de 2,6 trilhões de reais no fim deste ano – 305 bilhões de reais a mais em relação ao fechamento de 2014. O PAF (Plano Anual de Financiamento) da dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de 2,45 trilhões de reais para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma alta de 155 bilhões de reais em comparação com dezembro do ano passado.
Em 2015, os vencimentos de títulos públicos previstos somam 571 bilhões de reais, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizam 63 bilhões de reais. O governo prevê, entretanto, o uso de 147,1 bilhões de reais em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de swap cambial, mostram que o estoque de títulos pré-fixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou 1,03 trilhão de reais em maio, ou 43,5% do total, contra 959 bilhões de reais, ou 41,1% do total, em abril. Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 15,65% do total (371 bilhões de reais) em maio, contra 356 bilhões de reais, ou 15,26% do total, em abril. (AG)