Sábado, 16 de novembro de 2024
Por adm | 20 de fevereiro de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Com três líderes do governo, o MDB passa a ter a hegemonia: Osmar Terra na Câmara dos Deputados; Fernando Bezerra Coelho, de Pernambuco, no Senado e Eduardo Gomes, de Tocantins, no Congresso.
Ficaram no meio do caminho
Projetos de expansão do metrô nunca saíram do papel em 35 anos.
A manchete do Diário de Pernambuco, edição de ontem, e se refere à cidade do Recife. Pode ser repetida em outras capitais, incluindo Porto Alegre. As promessas, porém, elegeram muitos prefeitos. Durante as campanhas, deram garantia absoluta e depois, sem recursos, voltaram atrás.
Vai armazenando
O prefeito Nelson Marchezan, na campanha à reeleição, terá mais de dois minutos para propaganda em rádio e TV: 30 segundos do PSDB, 38 do PL e 56 do PSL. Mais o dinheiro que os três partidos receberão do Fundo Eleitoral.
Sem noção de medida
O senador licenciado Cid Gomes, do PDT do Ceará, infelizmente foi baleado ontem. Pilotava uma retroescavadeira e tentava furar bloqueio feito por policiais em um motim. Provavelmente, queria ser recebido com flores e confete.
Peso no bolso
Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação mostra que recaem sobre os consumidores finais os seguintes impostos: gasolina (61,95 por cento); etanol (29,48) e diesel (42,18).
Em relação aos combustíveis, a fúria arrecadatória, tanto dos Estados quanto do governo federal, funciona como um freio ao desenvolvimento, porque a alta tributação desses produtos é repassada ao consumidor final, também conhecido como pato, o que paga.
O tempo voa
Com a anulação do desastrado contrato para revitalizar o cais Mauá, vai se estabelecer uma corrida entre o prazo sempre longo para escolha de nova empresa privada e a deterioração dos armazéns abandonados e sem conservação. Daqui um pouco viram pó.
Substituição
O professor Mauro Sérgio Santos da Silva publicou ontem artigo no jornal O Tempo, de Belo Horizonte. Um trecho:
“A cada sala de aula que se abre, poder-se-ão fechar, quem sabe, quantas celas! Quanto gasto com segurança não se poderia reduzir com investimentos em educação e cultura, por exemplo? Trata-se de uma escolha que revela uma concepção de mundo e um projeto de sociedade.”
Este colunista subscreve, acrescentando: não há melhor contribuição do que encaminhar uma criança à escola.
Jogou dívida para frente
A 20 de fevereiro de 1987, o presidente José Sarney fez pronunciamento de 15 minutos em cadeia nacional de rádio e TV para anunciar a suspensão do pagamento dos juros da dívida pública por tempo indeterminado. O ministro da Fazenda, Dilson Funaro, disse a deputados do PMDB que iria jogar duro com os 750 bancos credores.
De 1982 a 1986, o governo brasileiro pagou 55 bilhões e 800 milhões de dólares em juros para rolar o que devia. Agiotagem deslavada.
Atualizando
Nos primeiros 50 dias deste ano, o governo federal desembolsou 38 bilhões e 530 milhões em juros da sua dívida.
Não tem jeito
O governo da Argentina já recorreu oito vezes à moratória da dívida pública e a bola de neve só aumentou, repetindo o que acontece em outros países. É o preço quando os gastos públicos vão muito além das receitas, obrigando a fazer repetidos empréstimos.
Solução simplista
Governantes, diante de dificuldades financeiras, tiram sempre da cartola a conhecida fórmula: o avanço sobre a riqueza gerada pelo setor produtivo.
Distância
Já ocorreram decepções e sustos durante campanhas. De um lado, os panfletos distribuídos com fotos realizadas com maquiagem em estúdio. De outro, o encontro com eleitores às 6 horas da manhã em uma feira ou ponto de ônibus, apenas com a aparência normal, sem maquiagem, cabelo comum, transparecendo a exaustão de uma agenda exigente.
A pergunta costuma ser simples: “É você? Não parece!”
É sempre assim
Em campanhas eleitorais, a imaginação faz mais descobertas do que a vista.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.