O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou Jair Bolsonaro e se disse alegre com a comparação entre os dois, em discurso realizado na segunda-feira (14).
“Dizem que ele é o Donald Trump da América do Sul. Acreditam? E ele está contente com isto! Se ele não estivesse, não gostaria tanto daquele país, mas eu gosto”, declarou o presidente em discurso na convenção da AFBF (American Farm Bureau Federation), a maior organização agropecuária dos Estados Unidos, que ocorre em Nova Orleans.
Ao destacar a revitalização do vínculo comercial com o Brasil a partir de 2003, Trump avaliou que Bolsonaro – que promete forjar uma aliança com Washington após mais de uma década de governos de esquerda no Brasil – é “um grande novo líder”.
No dia 1º de janeiro, logo após Bolsonaro assumir a presidência, Trump felicitou o presidente no Twitter por seu “grande discurso” de posse. “Sou um admirador do presidente Trump. Ele quer um Estados Unidos grande; eu quero um Brasil grande”, afirmou Bolsonaro em entrevista coletiva em outubro.
Na ocasião, Bolsonaro manifestou a sua posição sobre a imigração contrária às fronteiras abertas, alinhada à do presidente americano. Trump, de 72 anos, e Bolsonaro, 63, têm várias coisas em comum: chamam atenção por sua retórica polêmica e geralmente agressiva, costumam atacar a mídia tradicional e fazem uso intensivo das redes sociais para divulgar informações e posicionamentos.
Pizza
“Pedimos fast food americana e sou eu que pago”, disse na segunda-feira Donald Trump ao receber a equipe de futebol americano universitário Clemson Tigers com pizzas e hambúrgueres, devido às limitações da paralisação parcial do governo federal.
“É por causa da paralisação, como sabem. Muitos hambúrgueres e pizzas. Acredito que vão preferir isto do que tudo que poderíamos oferecer”, declarou o presidente ao receber os atletas.
Diante da insistência de um jornalista sobre sua rede de fast food favorita, Trump se esquivou: “Se você é americano, gosta disto, e todos aqui são americanos”. “Mas prefere McDonald’s ou Wendy’s?”, repetiu o jornalista. “Gosto de todos”, respondeu o presidente. “Só têm coisas boas, boa comida americana, e vai ser muito interessante ver o quanto sobrou no final da tarde”.
Trump recusa-se a assinar o orçamento para financiar o governo federal se não forem incluídos os recursos para pagar a construção do muro na fronteira com o México. No momento, ele ou os democratas não parecem dispostos a ceder nesta queda de braço, e o chamado “shutdown” já dura 24 dias, o mais longo da história americana. A paralisação afeta cerca de 800.000 funcionários públicos, um quarto dos empregados federais, incluindo alguns integrantes do quadro funcional da Casa Branca.