Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2023
Uma das principais figuras religiosas do Brasil, o padre Marcelo Rossi assustou o País quatro anos atrás quando, durante uma celebração, foi empurrado do altar por uma mulher e caiu de uma estrutura de aproximadamente dois metros de altura.
O caso aconteceu no dia 14 de julho de 2019, em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo. O sacerdote participava da missa de encerramento do acampamento “Por Hoje Não” (PHN) quando foi agredido. Após o acontecido, o religioso começou uma rotina de exercícios que mudou completamente seu visual.
Ele não teve nenhum ferimento grave e, no mesmo dia, chegou a dizer que sentiu “algumas dorzinhas, mas não quebrou nada”. Depois do episódio da agressão, o religioso iniciou uma mudança em seu estilo de vida.
Segundo o padre, o aspecto físico era fruto de uma depressão que ele havia enfrentado anos atrás, de insônia e de uma pausa no consumo de remédios que, antes do quadro, provocavam o inchaço.
Em entrevista recente, padre Marcelo comentou que a agressão foi um momento de Deus. “Foi um momento em que Deus me concedeu uma graça. Eu caí e saí melhor do que a queda, que era para eu ter morrido”, afirmou.
Mudança de vida
De acordo com o padre, o ato o motivou a investir nos treinos, alimentação regrada e boas noites de sono em sua rotina. Isso o deixou mais forte. A nova forma física, inclusive, tem chamado atenção nos últimos anos e até gerado memes na internet.
O religioso explicou que, para atingir tal condição, são indispensáveis quatro pilares: oração, treino, alimentação e sono. “A oração é essencial para a mente, ela ajuda a trazer paz, a se encontrar diante dos problemas da vida. O treino ajuda em tudo, nos traz endorfina, serotonina e outros hormônios que nos ajudam também a manter a mente equilibrada. A alimentação equilibrada é fundamental para ajudar no metabolismo e o sono é essencial para se ter saúde”, contou.
O momento de mudança de vida foi tão marcante que o padre lançou um livro cerca de um ano depois do empurrão, em que testemunha e relata detalhes do processo após ter sido agredido.
“Quando eu fui empurrado, eu não perdi a consciência. Essa não foi uma experiência de morte, mas foi uma dor tremenda. Eu passei dias com espasmos. Mas havia uma força dentro de mim que me dizia ‘Deus é maior'”, disse.
Treinos para energia
Sobre a rotina que adotou desde então, o padre explicou que faz dois tipos de treino e que, além disso, o grande segredo é não desistir do objetivo.
“Durante a missa e jornadas de autógrafos eu tenho que aguentar várias horas em pé. Então para ter essa energia e força, trabalho a articulação, com muito alongamento, e alio à calistenia, que é o meu exercício. A academia é boa para quem puder ir. Confesso que para mim é difícil porque as pessoas querem conversar e perco o foco, mas o segredo é não desistir”.
Em relação à alimentação, a dica é ter acompanhamento de profissionais. Nutricionistas definem a melhor dieta de acordo com cada pessoa e condição física.
Além disso, padre Marcelo – que é formado em Educação Física – lembra que já foi bodybuilder e que, para quem já teve um corpo musculoso, é mais fácil retomá-lo do que conquistá-lo pela primeira vez.
“Minha alimentação é rigorosa. De três em três horas eu me alimento. Sou alto, já tive sarcopenia, então esse acompanhamento é importante para o funcionamento do meu metabolismo. Eu já cheguei a pesar 60 quilos e naquela época eu não comia direito. Só de passar a me alimentar melhor, eu já recuperei minha forma física. Eu já fui bodybuilder, já fui musculoso, e o corpo se lembra, chama-se memória muscular. É mais fácil voltar à forma do que atingir essa forma para quem não teve. Mas não é impossível, é questão de costume e rotina”, revelou o padre.