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Variedades Documentário sobre Isabella Nardoni põe em dúvida o envolvimento de Anna Carolina Jatobá na morte da menina

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Carolina Oliveira, mãe de Isabella, deu depoimentos ao documentário. (Foto: Netflix/ Divulgação)

Lançado na semana que passou, “Isabella: O Caso Nardoni”, o mais novo true crime da Netflix, busca a partir de imagens de cobertura e depoimentos inéditos detalhar os acontecimentos daquele fatídico 25 de março de 2008. Nessa data, a menina de cinco anos foi agredida e depois jogada da janela do 6º andar. O pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram condenados segundo decisão judicial.

Com depoimentos da mãe, Carolina Oliveira, dos avós maternos, testemunhas, jornalistas, especialistas, advogados da defesa e promotoria, o documentário refaz a triste trajetória do assassinato de Isabella, desde a ligação de emergência até o anúncio da sentença do casal Nardoni. Anna Carolina, condenada a quase 27 anos, e Alexandre Nardoni, sentenciado a 31 anos e 1 mês, encontram-se atualmente em regimes aberto e semiaberto, respectivamente.

Diante do desafio de retomar um caso de tamanha repercussão midiática, onde os réus já são amplamente conhecidos e ainda cumprem suas penas, a obra focou em reexaminar o andamento do julgamento e da cobertura jornalística. Com isso, o documentário amplia a lista de culpados na tragédia, e termina a obra abrindo mais lacunas e angústias.

Em “Isabella: O Caso Nardoni”, Cláudio Manoel e Micael Langer trazem uma crítica necessária, mas incipiente sobre a relação da mídia com a justiça criminal. E não porque estão equivocados, mas, diante de uma tragédia como esta, a racionalização de um julgamento justo parece algo inalcançável na nossa sociedade atual. Ao apontar a espetacularização da cobertura midiática e o desejo ávido e medieval do público por tragédia, um questionamento é levantado: e se eles não fossem os culpados?

Outra incerteza apontada é quanto ao real envolvimento de Anna Jatobá no trágico destino da enteada. O advogado de defesa do casal, Roberto Podval, argumenta que o julgamento não esclareceu especificamente quem, entre Alexandre e Anna, foi responsável por cada ato de violência contra Isabella, e acha intrigante como ambos ainda sustentam sua inocência. Ilana Casoy, escritora e criminóloga renomada, apresenta uma perspectiva diferente sobre a situação de Anna, a colocando como vítima de Alexandre. De acordo com a especialista, há evidências claras de uma violência patrimonial direcionada à ré.

Com a promessa de preservar a lembrança de Isabella, o documentário da Netflix pouco explora a memória da menina de cinco anos. São raros os trechos em que, de fato, detalhes da vida da criança são lembrados; como o seu desejo de aprender a ler e escrever, ou a ligação com a prima mais velha, que destacava a sua personalidade forte.

Também nos depoimentos da mãe, mesmo vestidos de emoção e dor, o filme de Cláudio Manoel e Micael Langer parece cuidar para que a família se exponha somente o necessário. Ao revisitar a triste tragédia, o que fica são as angústias de uma sociedade que está longe de compreender todo o espectro de violência em torno do caso. É um convite para uma reflexão mais profunda que vale a pena para quem gosta do gênero.

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https://www.osul.com.br/documentario-sobre-isabella-nardoni-poe-em-duvida-envolvimento-de-anna-carolina-jatoba-no-crime/ Documentário sobre Isabella Nardoni põe em dúvida o envolvimento de Anna Carolina Jatobá na morte da menina 2023-08-19
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