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Documentos levados por Donald Trump da Casa Branca eram secretos

Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores de Trump se reuniram na capital dos EUA e invadiram o prédio do Congresso. (Foto: Shealah Craighead/The White House)

Ao deixar a Casa Branca, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou cerca de 300 documentos secretos do governo norte-americano para sua residência pessoal, em Mar-a-Lago, afirma o jornal The New York Times.

Entre os papéis levados irregularmente por Trump, estão materiais da CIA – a agência secreta do país –, além de documentos do FBI – o serviço de inteligência – e da Agência Nacional de Segurança.

Ainda segundo a publicação, a documentação foi parcialmente recuperada pelo governo norte-americano, após meses de negociações com assessores do ex-presidente. Citando fontes da investigação, o jornal diz que, através do diálogo, 150 documentos foram devolvidos em janeiro e uma outra quantidade em junho.

A terceira parte dos papéis, que Trump não havia devolvido ainda, foi recolhida pelo FBI durante operação na casa do ex-presidente em Mar-a-Lago, na Flórida, no início de agosto.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos ainda não havia se pronunciado sobre as alegações do New York Times até a última atualização desta notícia.

Barrar leitura

Na segunda-feira (22), Donald Trump apresentou à Justiça um pedido para que o FBI seja impedido de ter acesso aos documentos recolhidos em sua residência de Mar-a-Lago antes de que um mediador seja designado legalmente para fazer a leitura dos papéis.

A moção judicial foi apresentada em um tribunal federal em West Palm Beach, na Flórida. O texto também exige que o Departamento de Justiça dos EUA forneça um inventário mais detalhado com os itens que o FBI apreendeu e pede para que itens que não estavam no escopo do mandado de busca sejam devolvidos.

“Não se pode permitir que a política afete a administração da justiça. O presidente Donald Trump é claramente o favorito nas primárias presidenciais republicanas de 2024 e nas eleições gerais de 2024, caso decida concorrer”, diz o documento.

Trump também quer que o juiz obrigue o Departamento de Justiça (órgão equivalente ao Ministério de Justiça) a dar mais detalhes sobre o material apreendido.

Na última semana, o juiz Bruce Reinhart disse que estava inclinado a divulgar algumas das evidências apresentadas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos para justificar sua busca na casa do ex-presidente.

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