Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2020
Tragédia ocorreu em fevereiro de 2019 no CT Ninho do Urubu
Foto: Tomaz Silva/Agência BrasilDocumentos em poder da Justiça revelam que o Flamengo foi alertado para a situação de “grande risco” no alojamento do centro de treinamento Ninho do Urubu, no Rio, nove meses antes do incêndio que matou dez adolescentes da base do time.
Em um e-mail datado de 11 de maio de 2018, por exemplo, os responsáveis pela administração do centro de treinamento receberam um relatório feito por um técnico contratado pelo Flamengo que apontava problemas em diversos itens do sistema elétrico. Esse relatório mostrava a necessidade de um “atendimento emergencial”.
No dia 8 de fevereiro de 2019, uma pane na eletricidade causou o incêndio que tirou a vida de Athila Souza Paixão, Arthur Vinícius de Barros, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva, Rykelmo de Souza, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías.
Presidente do Flamengo na ocasião, Eduardo Bandeira de Mello disse que não tomou conhecimento do conteúdo desses e-mails. “Como venho falando desde o início, esse tipo de assunto não chega à presidência do clube, e o e-mail em questão reforça isso. Em geral, são resolvidos internamente, dentro de suas pastas, nos escalões mais baixos e repassados ao financeiro em seguida para pagamento”, declarou.