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Por Redação O Sul | 22 de maio de 2019
A Doença Celíaca, transmitida geneticamente e desencadeada pela ingestão de glúten, afeta o sistema imunológico de 1% da população mundial. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). A nutricionista, Cintya Bassi, explica que, pela falta da enzima responsável pela quebra do glúten, essa proteína fica acumulada no intestino delgado, então o corpo passa a atacar a região, dificultando a absorção de nutrientes.
A dificuldade no diagnóstico
Um a cada 600 habitantes brasilieros possuem a doença, segundo a Associação de Celíacos. Porém, este número pode ser ainda maior. O diagnóstico da doença costuma ser demorado, isso porque os sintomas da celíaca são similares aos de outras doenças, então, a confirmação só é obtida por meio de uma biópsia, da observação contínua da alteração no revestimento interno do intestino delgado e de exames de identificação de anticorpos.
Sintomas
Os sintomas vão desde físicos a emocionais, incluindo anemia, vômito, diarreia crônica, alteração do peso corporal, atraso no crescimento, alteração de humor, dores abdominais, aftas de repetição e osteoporose. “Muitos pacientes só são diagnosticados quando estão debilitados, por conta da baixa taxa de absorção de nutrientes essenciais, mas isso tem melhorado com a maior atenção que tem sido dada à doença”, afirma Cintya.
Convivendo com a doença
Após o diagnóstico, o paciente começa uma dieta com restrição total de alimentos a base de grãos que contenham glúten, como o trigo, o centeio, a cevada e o malte. Também se aconselha a retirada da aveia que, por ser armazenada, processada e transportada junto com o trigo, acaba sofrendo contaminação cruzada, ou seja, ela contém traços de glúten pelo contato com outros grãos.
Para substituir a farinha de trigo nas receitas, a nutricionista recomenda que os celíacos utilizem farinhas de arroz, de milho e de maisena, assim como polvilho e fécula de batata. Já para quem não tem nenhum tipo de intolerância ao glúten, ela aconselha que a proteína não seja retirada, mas que as farinhas normais sejam substituídas pelas integrais, que possuem maior quantidade de fibras e favorecem no funcionamento do intestino e do sistema imunológico.