Dois acusados pelo MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) foram condenados no final da noite de quarta-feira (28) por terem executado um policial militar em janeiro de 2022, na Zona Sul de Porto Alegre.
Um dos réus, de 26 anos de idade, recebeu uma pena de 18 anos e nove meses de prisão, e outro, de 20 anos de idade, uma pena de 16 anos e seis meses de reclusão. Eles, que já se encontravam no sistema prisional, foram os executores do soldado da Brigada Militar Carlos Gabriel Dahmer Gnoatto, de 31 anos, natural de Santa Catarina.
O crime ocorreu no final da manhã do dia 29 de janeiro de 2022 no limite entre os bairros Cristal e Santa Tereza. A vítima foi morta a tiros dentro do próprio carro. Os dois acusados integram uma organização criminosa que atua na região.
De acordo com a denúncia do MPRS, ele estava afastado das funções por questões disciplinares e teria se aproximado da facção porque era dependente químico. No entanto, o líder do grupo desconfiou que o militar poderia ser um delator e ordenou a execução.
A promotora de Justiça Graziela Lorenzoni, que atuou em plenário, destacou: “lamentavelmente, os mandantes, lideranças da facção, foram mandados a júri em primeiro grau, mas foram despronunciados pelo Tribunal de Justiça. E, em relação ao júri, um dos réus recebeu uma pena menor por ser adolescente na época do fato e também porque confessou o homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além do interrogatório dos dois réus, foram ouvidos durante o julgamento familiares de um deles, um delegado de polícia e um policial militar.