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Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2015
Um general chileno aposentado se suicidou com um tiro na cabeça nesta quinta-feira (13) após um tribunal condená-lo a 20 anos de prisão por planejar o assassinato de um químico que trabalhava para o ex-ditador Augusto Pinochet.
Hernán Ramirez Rurange, 76, foi condenado com outros 13 ex-oficiais do Exército na terça-feira (11) por planejar o assassinato de Eugenio Berrios, cujo corpo foi encontrado em uma praia do Uruguai em 1995.
Segundo o tribunal, o assassinato de Berrios fazia parte de um esquema montado por agentes da ditadura de Pinochet (1973-1990) para obstruir as investigações sobre as violações de direitos humanos do regime.
O governo chileno confirmou nesta quinta-feira que Rurange morreu de um ferimento a bala em sua casa em um bairro de alto nível de Santiago.
A imprensa local informou que o ex-general se matou.
Ele deveria começar a cumprir sua sentença em poucos dias.
SARIN
Eugenio Berrios supervisionou a produção de gás sarin e de outros produtos químicos para a ditadura de Pinochet e enfrentou acusações de que ajudou a envenenar um popular político chileno em 1982.
Cerca de 25 anos após Pinochet deixar o poder, casos de violações de direitos humanos que datam da época da ditadura ainda estão sendo analisados em tribunais e vindo à tona pela primeira vez.
A morte de Ramirez Rurange vem seis dias depois de Manuel Contreras, o chefe da temida polícia secreta de Pinochet, morrer de causas naturais, em 7 de agosto.
Sua morte provocou várias comemorações na capital chilena. (Folha)