Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) arrecadou em ‘vaquinhas’ virtuais perto de R$ 1,5 milhão do total de R$ 1,9 milhão que rodou no caixa – inclusivo com fundo eleitoral. Gastou R$ 1,2 milhão para ir ao 2º turno. Modesta campanha, em se comparando com outras de eleições anteriores. Para correr o País em poucas semanas na tentativa de colar sua imagem na de Lula da Silva, o padrinho, Fernando Haddad (PT) foi turbinado pelo fundo eleitoral do PT: R$ 12 milhões em gastos dos R$ 28 milhões arrecadados – muito disso com programas de TV e com fretamento de jatinhos.
Novos tempos
Romeu Zema (Novo), que apareceu líder bem distante do concorrente tucano na disputa pelo Governo de Minas Gerais, investiu apenas R$639.110,13. E sem dinheiro público.
Novos tempos 2
Já a campanha de Anastasia (PSDB), o ex-governador aliado de Aécio que tenta voltar ao Poder, e vai ao 2º turno contra Zema, até ontem custou R$ 9.380.406,65.
Parem o mundo!
E o Cabo Daciolo? O ‘animador’ de debates não investiu nem R$ 1 mil na campanha, e ficou na frente de Marina Silva e Meirelles – que gastou uns R$ 40 milhões.
Oito metas…
Logo após o resultado do 1º turno das eleições presidenciais, caciques do PT elaboraram um documento com oito pontos que traçam a “estratégia” para a militância no 2º turno. Um das recomendações é “concentrar a atenção em ‘ciristas’ (eleitores de Ciro Gomes) anti-PT, indecisos e nulos”.
…do PT Zen
Outro ponto prega o foco do debate em trabalho, renda, economia e saúde. “Evitar temas morais”, indica a cartilha. O oitavo ponto do documento sinaliza a postura zen do PT ao orientar a militância a “não centralizar as ‘falas’ em Bolsonaro e focar na ‘positividade’ de Haddad e Manuela D’Ávila”.
Rádio Bolsonaro
Coordenadores da campanha de Bolsonaro vão avançar sobre o eleitorado petista, indecisos e eleitores que votaram nulo ou em branco no Nordeste – única região do País onde Haddad venceu. Vão recorrer a rádios com grande alcance nos rincões.
Claro, claro
A segurança pública é o foco. O Nordeste concentra cinco dos 10 Estados com maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes: SE, AL, RN, PE e BA.
Vestibular
A disputa pelas cadeiras de deputado federal foi bem acirrada este ano: foram, em média, 16 candidatos para cada uma das 513 vagas da Casa.
Não é o Lula
Terra natal do ex-presidente Lula, Garanhuns (PE) registrou queda expressiva no apoio ao PT no 1º turno. Haddad teve pouco mais de 50% dos votos e Jair Bolsonaro (PSL) 26%. Em 2014, a ex-presidente Dilma teve mais de 80% dos votos na cidade. Em 2006, Lula obteve 90% dos votos em seu reduto.
Efeito Temer
Os principais partidos que votaram contra as duas denúncias e salvaram o presidente Michel Temer amargaram a redução de suas bancadas na Câmara Federal. O MDB, partido de Temer, perdeu 17 cadeiras; o DEM, que tem atualmente 43 deputados, terá 29 parlamentares a partir de 2019.
Segue a dança
O PP perdeu 13 cadeiras e o PSD terá 34 deputados na próxima Legislatura – atualmente a legenda conta com 37 parlamentares. Já o PTB, que ocupou o Ministério do Trabalho no governo Temer, perdeu seis cadeiras na Câmara.
Boletim do Campus
Reitores de universidades federais intensificaram a campanha anti-Bolsonaro na véspera do 1º turno. Os campus universitários são os maiores focos de rejeição ao candidato do PSL. Em carta enviada aos professores da UnB, a reitora Márcia Abrahão escreveu: “Quando hoje nos deparamos com manifestações públicas que contrariam os valores estabelecidos em um Estado democrático de direito, não podemos ignorar”.
Turma da lousa
Também em comunicado aos professores universitários, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás pontuou que o ódio e a intolerância são os maiores destaques nesta eleição presidencial, “enquanto pautas importantes são tratadas de forma secundária”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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