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Economia Dólar fecha a R$ 6,06 e renova máxima histórica; Ibovespa recua

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Na última sexta-feira, a moeda subiu 0,19%, cotada a R$ 6,0005. 

Foto: Freepik
Na última sexta-feira, a moeda subiu 0,19%, cotada a R$ 6,0005. (Foto: Freepik)

O dólar deu início ao último mês deste ano batendo um novo recorde. A moeda norte-americana encerrou a sessão desta segunda-feira (2) mais uma vez em alta, a R$ 6,06. Os investidores continuavam a repercutir o cenário fiscal brasileiro.

O destaque continua com o pacote de contenção de despesas anunciado pelo governo na semana passada. As medidas preveem um corte de R$ 70 bilhões em gastos públicos em 2025 e 2026, chegando a uma contenção de gastos de R$ 327 bilhões até 2030. O pacote, agora, deve passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Além disso, também pesa nos mercados as novas ameaças tarifárias do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevam os temores sobre uma eventual guerra comercial a partir de 2025. No sábado, Trump exigiu que países membros do Brics, o que inclui o Brasil, se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar outra moeda que substitua o dólar, sob pena de sofrerem tarifas de 100%.

Na agenda, uma série de indicadores previstos para esta semana também ficam no radar, com destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre no Brasil, que deve sair na terça-feira. Novos números de atividade e do mercado de trabalho norte-americano também ficam sob os holofotes. Ao final da sessão, o dólar subiu 1,13%, cotado a R$ 6,0685, renovando o maior patamar nominal da história, desde o lançamento do Plano Real. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0913. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira, a moeda subiu 0,19%, cotada a R$ 6,0005. Com o resultado, acumulou alta de 3,21% na semana; ganho de 3,79% no mês; e alta de 23,66% no ano.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda de 0,34%, aos 125.236 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 0,34% na semana; perdas de 0,34% no mês; e recuo de 6,67% no ano. Na sexta, o índice encerrou em alta de 0,85%, aos 125.668 pontos.

Mesmo após a divulgação do pacote de cortes de gastos do governo na última semana, o quadro fiscal do País continua na mira dos investidores. A expectativa é que as medidas passem pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal ainda neste ano, visando o equilíbrio das contas públicas.

As medidas preveem um corte de R$ 70 bilhões em gastos públicos em 2025 e 2026, chegando a uma contenção de gastos de R$ 327 bilhões até 2030. Para isso, o pacote traz uma série de mudanças, como por exemplo no salário-mínimo, em programas sociais, na aposentadoria de militares e em emendas parlamentares. O pacote era amplamente esperado pelo mercado, e o total de R$ 70 bilhões em cortes era visto com bons olhos.

No entanto, o anúncio, junto ao pacote de cortes, de uma proposta para isentar pessoas com rendimentos de até R$ 5 mil da cobrança do Imposto de Renda pegou mal e gerou dúvidas sobre a eficácia das medidas de contenção de gastos.

Na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote fiscal não é o “gran finale” do esforço do governo para o ajuste das contas públicas, destacando que se houver algum desconforto no cálculo do impacto das medidas, a equipe econômica não hesitará em voltar para a mesa de discussão.

“Todo mundo tem que dar sua cota de contribuição para voltarmos ao equilíbrio e ao superávit primário. Não é tarefa só do Executivo”, afirmou o ministro. “Temos que convencer o Congresso que as bondades têm que ser compensadas do ponto de vista da despesa”, acrescentou.

Também na sexta-feira, declarações dos presidentes da Câmara, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, ajudaram a atenuar o nervosismo entre os investidores. Ambos deixaram claro que a prioridade no Congresso será votar as propostas para cortar gastos e que as discussões sobre mudanças no IR ficarão para depois.

Com o fiscal em foco, novas falas do diretor de política monetária e presidente indicado do Banco Central para 2025, Gabriel Galípolo, também ficaram no radar.

Nesta segunda-feira, Galípolo afirmou que o cenário econômico atual aponta para uma política monetária “mais contracionista” por parte da instituição, sinalizando “juros mais altos por mais tempo” no Brasil.

O mercado já espera uma nova alta da taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontecerá na próxima semana.

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