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Economia Dólar atinge o maior nível em 2 anos e meio ao fechar o dia valendo R$ 5,65 após novas críticas de Lula ao Banco Central

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A divisa norte-americana acumula queda de 1,82% na semana; recuo de 1,82% no mês; e alta de 13,07% no ano. (Foto: Freepik)

O dólar à vista encerrou a quinta sessão seguida em valorização forte, superando o patamar de R$ 5,65 e renovando o maior patamar em dois anos e meio. A pressão dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) foi o motivo da valorização global da moeda americana, principalmente em mercados emergentes.

Tanto fatores domésticos como internacionais pressionaram o mercado nessa segunda-feira (1º). No mercado externo, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a subir. Juros altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

Apesar da pressão externa, o dólar fechou relativamente estável em relação às principais moedas internacionais. Os fatores internos pesaram no mercado financeiro, com a queda observada pela manhã decorrendo da venda de dólares de investidores que queriam embolsar lucros.

O mercado financeiro reagiu à piora das expectativas de inflação no boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo Banco Central (BC).

Os investidores também reagiram a novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central (BC). Em entrevista a uma rádio da Bahia, o presidente voltou a criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Ele repetiu que os juros atuais, de 10,5% ao ano, são altos e disse que escolherá um presidente para a autarquia que “olhe o País do jeito que ele é, não do jeito que o sistema financeiro fala”.

O dólar fechou a primeira metade do ano exibindo valorização consistente contra o real (superior a 15%). A moeda brasileira apresentou a pior performance entre as 33 mais líquidas no período. Havia uma expectativa que o estresse observado na última sessão fosse relativo ao fim do semestre, diante de um ajuste de posições e da
formação da Ptax de fim de mês. A sessão dessa segunda, porém, colocou essa visão em xeque.

Por outro lado, o mercado de ações teve um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.765 pontos, com alta de 0,69%. O indicador beneficiou-se de ações de empresas exportadoras de commodities (bens primários com cotação internacional), cujos preços se valorizaram nessa segunda no exterior.

Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que o governo precisa comunicar melhor os resultados econômicos obtidos para melhorar a percepção dos agentes sobre o País e, assim, contribuir para a redução do dólar. Ele disse que a desvalorização do real é fruto de “muitos ruídos”.

“Atribuo a muitos ruídos. Eu já falei isso no Conselhão, precisa comunicar melhor os resultados econômicos que o País está atingindo”, afirmou ao ministro ao ser questionado sobre o tema por jornalistas na saída do ministério.

Ele citou, por exemplo, o bom desempenho da arrecadação, mesmo com o impacto da crise no Rio Grande do Sul. Segundo Haddad, a arrecadação federal de junho veio acima do previsto pela Receita Federal. O dado ainda não foi divulgado oficialmente pelo Fisco.

“Ou seja, nós estamos no sexto mês de boas notícias na atividade econômica e na arrecadação”, disse Haddad.

O ministro reconheceu, durante sua fala, que o dólar está num patamar elevado. “Está [alto]. Apesar da desvalorização [da moeda local frente ao dólar] ter acontecido no mundo todo de uma maneira geral, aqui aconteceu maior do que nos nossos pares: Colômbia, Chile, México”, afirmou.

Ele, contudo, disse acreditar que o dólar vai “acomodar”. “Vai acomodar, porque a hora que esses processos se desdobrarem, isso tende a reverter, na minha opinião.”

Questionado se o BC deveria intervir no dólar, o ministro afirmou que essa decisão cabe à autoridade monetária. “Isso é assunto do Banco Central, não é assunto da Fazenda. Eles lá é que sabem quando e como fazer. Então, é um assunto que cabe a eles decidir. Sempre é possível, porque está na governança do Banco Central agir quando necessário. Se vai ser necessário ou não, compete à diretoria do BC julgar”, frisou Haddad.

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