Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2022
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana fechou a semana com 0,91% e acumula alta de 1,77% em dezembro
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilO adiamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e do projeto que muda a Lei das Estatais fez uma parte do mercado financeiro ir na contramão do exterior. O dólar caiu para menos de R$ 5,30. A bolsa de valores, no entanto, não teve a mesma tranquilidade e fechou no menor nível em quatro meses, pressionada pelas bolsas norte-americanas.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (16) vendido a R$ 5,294, com queda de R$ 0,022 (-0,41%). A cotação operou em baixa durante quase toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 13h20, chegou a R$ 5,26.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana fechou a semana com 0,91% e acumula alta de 1,77% em dezembro. Em 2022, a divisa cai 5,06%.
Mercado financeiro
O mercado de ações teve um dia mais tumultuado. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 102.856 pontos, com queda de 0,85%. O indicador está no nível mais baixo desde 1º de agosto. Além do pessimismo externo, a bolsa brasileira foi influenciada pelas ações de varejistas, que recuaram por receios de que a taxa Selic (juros básicos da economia) demore para começar a cair.
No mercado interno, o adiamento da votação da PEC da Transição para terça-feira (20) reduziu as tensões. Caso a proposta não seja aprovada na próxima semana, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva terá de editar uma medida provisória com crédito extraordinário (fora do teto de gastos) para o Bolsa Família. Também hoje, o Senado informou que o projeto que flexibiliza a Lei das Estatais só voltará a ser discutido no próximo ano.
Mercado global
No cenário internacional, o mercado teve um dia turbulento com a possibilidade de que os juros nos Estados Unidos fiquem altos mais tempo que o previsto. Uma dirigente regional do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) disse hoje esperar que os juros básicos da maior economia do planeta fiquem acima de 5% ao ano ao longo de todo 2023. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.